Nosso último evento desta super-terça ocorreu no Worker’s Stadium: a semifinal do futebol entre Brasil e Argentina. De um lado, Ronaldinho e a nova geração brasileira. Do outro: Messi, Riquelme, Mascherano e cia.
Esse jogo nos fez esquecer por algumas horas que estávamos numa Olimpíada. Toda a organização e tranqüilidade que vinha reinando ficou de lado. Já começou na aventura que foi entrar no estádio. Pra começar, o táxi não pôde chegar muito perto e nos deixo há cerca de 2 Km (estimativa bem grosseira) da entrada. Percebendo nossa cara de interrogação que dizia “vamos ter que andar até lá???” o motorista nos fez entrar numa cabine presa a uma bicicleta. Detalhe que a cabine era para apenas 2 pessoas, mas ele continuou fazendo sinal para que subíssemos os 4 (estávamos com o Fabrício e a Paty). Pois bem, subimos os 4 – as duas nos colos dos dois. E dá-lhe o chinês pedalando e nós apertados na cabine, com direito a uma ultrapassagem espetacular em outra bicicleta, cheia de alemães. Acho que o vídeo explica melhor que qualquer coisa que eu possa escrever.
Após deixarmos o chinês-que-pedala-mas-não-é-o-Robinho, nos dirigimos ao portão lateral do estádio e a parte engraçada parou por aí...um mega-tumulto pra entrar, portão fechado, galera se aglomerando, empurra-empurra, aí o portão é reaberto e o empurra-empurra piora, no melhor estilo saída de clássico no Morumbi. Ainda tivemos que passar pelo Security Check (aliás, esse assunto merece um post à parte).
Finalmente chegamos aos nossos lugares com o jogo já começado (uns 10 minutos). O primeiro tempo foi fraquíssimo, salvo apenas pela intervenção da equipe de reportagem da ESPN Brasil, com o Eduardo Elias e o Ni-Hao, mascote do canal nos jogos (ainda não sei se a reportagem foi para o ar ou não).
Vem o segundo tempo. Argentina faz 2x0 em menos de 15 minutos (ambos marcados pelo Aguero). Aumentou para 3x0 com um pênalti batido pelo Riquelme. E mais uma vez o Brasil não consegue a medalha de ouro no futebol. E dessa vez eliminados pelos maiores rivais. Pelo menos consegui vender os ingressos da final para uns argentinos e fazer uma boa grana em cima deles...
O resumo da história é que o futebol não combina tanto com Olimpíada, pelo menos no caso do masculino. Já começa sendo disputado em cidades fora da sede. E quando temos um jogo em Beijing, as condições não são boas, pelo menos em relação à qualidade dos demais locais de competição. Além disso, há a situação estranha de ter um limite de idade, com possibilidade de 3 exceções acima do limite. Já que a FIFA jamais concordará em considerar os Jogos Olímpicos uma competição oficial, com medo de ter que dividir a importância da Copa do Mundo, talvez seja o caso de realmente excluir a modalidade dos jogos, ou então limitar a idade para ainda menos (sub-20, talvez) e sem exceções. Parece que o caminho será este último.
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