Não sei dá pra ter idéia de como estou ansioso para ver o time dos Estados Unidos jogar. Esse time, apontado por muitos como a melhor seleção americana desde o Dream Team de 1992, traz o melhor que poderia ser obtido da NBA. Na verdade ficaria um pouco melhor com mais um pivô no elenco, como Amare Stoudamire ou Tyson Chandler, que chegou a viajar para Pequim com time como 13º jogador, mas preferência do Coach K foi apostar na armação da equipe, que foi o principal ponto fraco da equipe no mundial de 2006, por isso levou 3 armadores: Jason Kidd, Chris Paul e Deron Williams. Algumas outras eficiências de 2004 e 2006 também foram corrigidas: agora há um especialista em 3 pontos, Michael Redd e um especialista defensivo, Tyshawn Prince. Juntando os 3 “caras grandes”, Dwight Howard, Chris Bosh e Carlos Boozer, o caminho fica livre para o poderio ofensivo de Kobe Bryant, Carmelo Anthony, Lebron James e Dwayne Wade entrar em ação. Realmente o time está MUITO equilibrado.
Vou ter o prazer de assistir a um jogaço logo no meu segundo dia em Pequim: Estados Unidos e Grécia, reedição da semifinal do mundial de 2006, quando os gregos surpreenderam o mundo ao conseguir a vaga na final, quando perderam para a Espanha. Obviamente, a atenção especial será para o Kobe Bryant, que hoje é o melhor jogador do mundo. Alguns vão argumentar esse ponto, mas eu ainda uso o velho critério: se você fosse montar 2 times para um rachão – como fazíamos na infância no futebol de rua – e ganhasse o par-ou-ímpar, quem você escolheria primeiro? Minha resposta é imediata: Kobe. Pois bem, e pelo que tenho visto, ele está tão focado na medalha de ouro que está abrindo mão de seu papel ofensivo (facilmente suprido pelo Lebron e pelo D-Wade) para se tornar o principal marcador do time, sendo o responsável por anular o melhor jogador adversário – exatamente o que fez com o Leandrinho no pré-olímpico de 2007.
Para mim são favoritíssimos ao ouro. Os outros que vão brigar são a Espanha (campeã mundial), Argentina (campeã olímpica em Atenas), Lituânia e Grécia. Dificilmente as medalhas escapam desses 5. Croácia e Rússia correm por fora. Na primeira rodada tivemos como destaque a vitória da Lituânia sobre a Argentina, o que mostrou um sério problema para os hermanos: o estado físico do Manu Ginobili. Ele já não terminou muito bem a temporada da NBA, o que ficou demonstrado na série Lakers x Spurs, e parece que ainda não está recuperado totalmente. No jogo contra a Lituânia ele teve seus minutos poupados nos 3 primeiros quartos e, quando voltou no último período, comandou a vitória e por pouco não levou o time à vitória. Mas nesses poucos minutos mostrou do que é capaz.
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