quarta-feira, 24 de setembro de 2008

DECEPÇÕES


Comecei a rascunhar esse post há mais ou menos uma semana. Cheguei a fazer uma lista relativamente grande, com alguns comentários a respeito. Essa lista incluía até medalhistas, como Thiago Camilo, o futebol masculino e o futebol feminino, entre outros. Pensei melhor, e reduzi a lista para apenas 3 nomes, considerando a relação entre a expectativa gerada e resultado obtido. Neste post, publico essa lista reduzida. No próximo, escrevo uma análise geral do desempenho brasileiro em Pequim.

1)Diego Hypólito: esbanjava confiança da mesma forma que o Cielo fazia antes de ganhar a medalha de ouro. Ainda não sabemos o que aconteceu, se houve uma perda de concentração, excesso de confiança ou um simples erro. Estávamos no ginásio e todos (leia-se TODOS – atletas, público presente, jornalistas) sabiam que ele ganharia a medalha de ouro. No momento da queda, o silêncio de TODOS durou intermináveis segundos, pois ninguém acreditava que ele ficou a um último movimento correto do ouro – mesmo os chineses que lotavam o National Indoor Stadium e que passaram a ter o favorito para o ouro deixaram de se mostrar surpresos.

2)João Derly: Bicampeão mundial, não conseguiu nem ir para a repescagem.

3)Basquete Feminino: eu não esperava que elas pudessem ganhar alguma medalha, mas sei que elas tinham condições de brigar pela quarta vaga na semifinal com a China. Não ter nem se classificado para as quartas-de-final, perdendo jogos mais do que “ganháveis” para a Coréia e para a Letônia foi muito decepcionante. A Iziane fez falta? Entendo que não. A Érica fez falta? Sem dúvida! Sua contribuição no garrafão no ataque e na defesa poderia ter feito alguma diferença. Que o Paulo Bassul seja mantido no comando técnico, pois ainda é o melhor nome disponível.

Deixei de considerar algumas outras perdas como decepções após analisar o contexto de cada uma delas: no caso do Thiago Camilo, por exemplo, ouvi depois que nenhum campeão mundial de 2007 conseguiu ganhar o ouro em Pequim. Além disso, ele perdeu para aquele que conquistou a medalha de ouro e ainda arrumou forças depois de uma derrota doída para buscar o bronze na repescagem (o Derly nem repescagem pegou). O Futebol Masculino tinha uma semifinal contra a Argentina que poderia acontecer qualquer coisa. No caso do Vôlei de Praia Masculino, chegaram os 3 primeiros do ranking e os americanos estavam na melhor fase. O futebol feminino não era favorito contra a Alemanha na semi. Ganhou e passou a ser favorito na final... e perdeu. A Fabiana Murer, mesmo sem a questão da perda da vara, poderia brigar NO MÁXIMO pelo bronze. E por aí vai... coisas do esporte. Não vou entrar na questão de que brasileiro amarela na hora H, o que na maioria esmagadora dos casos, pelo menos na minha opinião, não se aplica (algumas exceções só confirmam a regra).

E na linha do “antes que alguém pergunte”, minha expectativa para Jadel Gregório, Thiago Pereira, Fabiana Murer (mesmo se a vara não sumisse), Vôlei de Praia feminino, Jade Barbosa e Daiane dos Santos era pequena, por isso não considero decepções.

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