quarta-feira, 13 de maio de 2009

OASIS EM SÃO PAULO


No último sábado assisti, pela quarta vez (1998, 2001 e 2006) a um show do Oasis, com a turnê "Dig Out Your Soul". Apesar da baita chuva (exatamente como em 2006), a galera (me senti meio velho, diga-se de passagem) que esteve no Anhembi acompanhou o show com empolgação e cantando todas as músicas. O que eu acho engraçado é que é difícil encontrar fãs da banda na minha faixa etária (34). Parece que é errado ser fã do Oasis, assim como parecia errado ser fã do Guns N' Roses no início dos anos 90. Bom eu era fã do GN'R até 1993, quando a banda acabou (sim, acabou!, as aparições do Axl Rose após 1993 não contam), apesar das baladas (algumas insuportáveis, como "Don't Cry") e do perfil nada carismático do vocalista. Mas não queria saber se o cara era um idiota ou não, desde que fizesse músicas que me agradassem. E o mesmo se aplica aos irmãos Gallagher (Lian e Noel, líderes e donos da banda) - eles ainda apresentam uma arrogância irritante e uma postura além do necessário (especialmente o Lian). É verdade que a essa altura já melhoraram bastante, talvez devido à idade e à vida mais tranquila, com filhos, etc. Já nem insistem mais em se intitular de "a maior banda do mundo" (absurdo em qualquer situação) e já trocaram de baterista mais vezes do que o Tony Almeida trocou de lado na atual temporada de "24" (até o filho do Ringo Star já passou por lá). Mas o fato é que o Oasis é uma das poucas bandas de qualidade que são relativamente novas (pouco mais de 15 anos de estrada) e ainda estarão por aí produzindo discos e turnês no futuro já não tão distante, conforme escrevi neste meu post de março. Além do Oasis, vejo apenas o Live, o Pearl Jam e o Green Day nessa condição (Radiohead e Coldplay também podem ser citadas em termos de importância, embora eu não seja fã).

O show foi, como sempre, tecnicamente irrepreensível. Decidiram colocar alguns hits na geladeira ("Roll With It", "Acquiesce" e "Live Forever"), mas compensaram muito bem com a inclusão do alguns "clássicos" que estavam esquecidos, como "Slide Away", "The Masterplan" e "Morning Glory". Acrescente as obrigatórias "Rock N' Roll Star", "Supersonic", "Cigarrets & Alcohol", "Don't Look Back In Anger" e "Champagne Supernova", mais o maior hit ("Wonderwall"), a excelente "The Shock Of The Lightning", do novo álbum "Dig Out Your Soul", e um cover dos Beatles ("I'm The Walrus") e temos um set list e tanto. Vale a mesma coisa que escrevi após o show do R.E.M. em novembro: sabemos que temos uma grande banda quando, mesmo com um set list de 21 músicas quase que irrepreensível (considerando que temos que aceitar algumas músicas novas ainda não tão empolgantes), ainda podemos citar tantas outras que ficaram de fora. Foi a quarta-vez que assisti aos ingleses de Manchester - o maior número de turnês de uma banda não-brasileira que já presenciei - e espero que eles continuem viabilizando novos álbuns e novas turnês para compensar a extinção das outras grandes bandas.

Deixo um vídeo que fiz durante o show: Don't Look Back In Anger (sem o mala do Lian e com a galera levando boa parte da música):



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