quinta-feira, 8 de outubro de 2009

TAKE ME OUT TO THE BALL GAME

"Take me out to the ball game
Take me out to the crowd
Buy me some peanuts and cracker jacks
I don't care if I ever get back
And it's root, root, root for the home team
If they don't win, it's a shame
Cause it's one, two, three strikes
You're out
At the old ball game."


Essa música, composta em 1908, é o tema de qualquer jogo de baseball jogado nos Estados Unidos. Normalmente é tocada nos estádios durante o sétimo inning dos jogos. Nessa última viagem tive a chance de assistir a uma partida de baseball pela primeira vez (na verdade, foram 3 jogos) e a experiência foi sensacional.


Antes que alguém comece com a história de que “Baseball é muito chato” ou “a regra é muito difícil” ou “o jogo demora muito”, devo dizer que, no primeiro jogo que assisti (New York Yankees 11 x 1 Tampa Bay Rays), estava acompanhado de 3 mulheres que não entendiam nada de baseball (apesar de amantes do esporte, o que obviamente ajuda). Passei as regras básicas e a dinâmica do jogo. Ajudado pelo fato de que ter sido um jogo de pontuação alta, com 2 home runs (ambos de Mark Teixeira) e 12 pontos no total, no final da noite havia cumprido a missão de agregar mais 3 fãs ao esporte. O problema é que acabaram se tornando 3 torcedoras dos Yankees, mas infelizmente o US OPEN não foi em Cleveland e por isso não pude fazer muita coisa (e mesmo que fosse, a atual fase dos Indians não ajudaria muito). A missão foi tão bem cumprida que uma de minhas companheiras de viagem, a Ynara, me mandou e-mail hoje perguntando do jogo de ontem entre Tigers x Twins. Well done!

O jogo demorou quase três horas e meia para acabar, mas o tempo passou muito rápido. Não dá pra negar que os americanos sabem fazer um espetáculo. A cada parada do jogo, temos música, promoções, o telão gigantesco ajudando, comida a disposição por tudo que é lado (o preço abusivo é um assunto a parte), enfim, tudo o que é possível para entreter o público. E o novo estádio dos Yankees é uma obra de arte. Metrô na porta, fácil acesso, elevadores, escadas rolantes, fluxo tranqüilo, dezenas de lanchonetes, bons banheiros, todos os lugares marcados, tudo o que reclamamos dos nossos próprios estádios aqui no Brasil (que a adaptação para a Copa de 2014 resolva pelo menos parte desses problemas). O único problema é ter que pagar 9 dólares por uma cerveja ou 5 dólares por um refrigerante.

No US Cellular Field, em Chicago, onde assisti a Chicago White Sox 6 x 8 Minnesota Twins, tudo muito parecido: o estádio é relativamente novo e a estrutura parecida, em escala um pouco reduzida em relação ao Yankee Stadium. Mas também foi um jogo de pontuação alta e com 7 Home Runs, o que tornou tudo bem mais divertido. Infelizmente os Cubs (o time realmente tradicional de Chicago) estavam jogando fora de casa nos dias em que estive na cidade e não pude visitar o folclórico Wrigley Field. Mas consegui passar um tempo com meu grande amigo César, que se mudou para lá no ano passado.

Para finalizar com chave de ouro (tanto a sequência de jogos como as férias, já que 10 horas depois do final do jogo já estava voando para o Brasil), de volta a NY e ao Yankee Stadium assisti ao jogo da maior rivalidade do esporte americano – New York Yankees x Boston Red Sox. Casa cheia, times completos e, apesar de mais uma vitória dos Yankees (9x5), algumas coisas para se guardar na memória, como ver ao vivo Home Runs de Alex Rodriguez (que deverá encerrar a carreira, daqui a muitos anos, como recordista histórico de HR’s, com ou sem asteriscos – e poderei falar que pelo menos um deles eu vi ao vivo!) e de David Ortiz, o “Big Papi”. Aliás, o que A-Rod jogou nesse dia foi um assombro (será que ele leu meu post sobre a questão do doping e quis mostrar algo para mim?). Vale um comentário sobre a torcida: apesar do ódio entre os times (acreditem, é ódio na versão mais pura que existe), muitos torcedores dos Red Sox estavam no jogo e no metrô, devidamente uniformizados, e sem nenhum problema. Mais uma coisa que temos muito que aprender por aqui.



PLAYOFFS

Em resumo, a dose tripla de baseball foi mais do que suficiente como uma primeira experiência. E um motivo a mais para acompanhar os playoffs da MLB que se iniciam hoje. Na Conferência Americana, teremos Boston Red Sox x Los Angeles Angels e New York Yankees x Minnesota Twins (que conseguiu a última vaga em um jogo histórico ontem à noite contra o Detroit Tigers, decidido apenas no 12º inning).

Obviamente, quero que os Yankees se explodam, apesar de serem os grandes favoritos, ainda mais agora que não tem mais um republicano na Casa Branca. Seu line-up (ataque) é monstruoso (Derek Jeter, Mark Teixeira, A-Rod, etc), mas nos playoffs vale muito mais ter uma boa rotação de arremessadores. E coloco dúvidas sobre os pitchers de New York: o número 2 deverá ser A.J. Burnett (altos e baixos) e o número 3, Andy Pettitte. O número 1 é C.C. Sabathia, de quem os fãs dos Indians se lembram muito bem durante a ALCS de 2007, quando o time vencia os Red Sox por 3x1 e acabaram perdendo a série após atuações desastrosas de C.C. Particularmente, confio mais em John Lester, Josh Beckett e o japonês Daisuke Matsuzaka, o Dice-K, dos Red Sox. Mas, para termos uma série entre Yankees e Red Sox, antes ambos terão que passar por Twins e Angels. O que não será fácil.

Na Liga Nacional, onde teremos St Louis Cardinals x Los Angeles Dodgers e Colorado Rockies x Philadelphia Phillies, o favoritismo está sendo apontado para os Cardinals, mas nessa liga, mais fraca, tudo pode acontecer. Vou torcer pelos Dodgers, de Manny Ramirez, mas não podemos menosprezar os atuais campeões Phillies, e nem o Colorado Rockies, que deu mais uma arrancada impressionante no final da temporada regular, semelhante ao que fizeram em 2007, para garantir a classificação,.

Minha torcida para a World Series é para Red Sox x Dodgers. Mas é uma aposta bem arriscada. E improvável.


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