quinta-feira, 4 de junho de 2009

ÚLTIMOS COMENTÁRIOS SOBRE AS FINAIS DE CONFERÊNCIA



Com um pouco de atraso:

Se no jogo 5 os Lakers conseguiram mostrar alguns ajustes para enfrentar os Nuggets, tanto na parte defensiva quanto na parte ofensiva, no jogo 6 esses ajustes se mostraram ainda mais evidentes e eficientes. Na entrevista dada entre o primeiro e segundo quartos do jogo dessa sexta-feira, o técnico Phil Jackson disse que a essa altura das séries os times já se conhecem bem e já fizeram os acertos necessários em seus jogos. Basta ver a diferença em algumas estatísticas entre a derrota no jogo 4 e as vitórias nos jogos 5 e 6:

- Jogo 4: vantagem de 58 a 40 nos rebotes em favor dos Nuggets (20 a 9 nos ofensivos) e 23 a 19 nas assitências;
- Jogo 5: equilíbrio nos rebotes (43 a 42 para os Lakers) e 25 a 17 nas assistências, também em favor do time de LA.
- Jogo 6: Grande vantagem para os Lakers em rebotes (38 a 27) e assistências (28 a 14) para os Lakers.

E, na minha opinião, o dado mais importante: nos últimos 2 jogos da série, Kobe Bryant arremessou, respectivamente 13 e 20 vezes. No jogo 5, foram 22 pontos e 8 assistências, enquanto no jogo 6 foram 35 pontos e 10 assistências. Essa queda no número de arremessos e o aumento do número de assistências representou o maior envolvimento dos outros jogadores, que mostraram que podem ajudar. No jogo 5, Lamar Odom teve 19 pontos e 14 rebotes. Gasol, Ficher e Ariza também terminaram com mais de 10 pontos. No jogo 6, novas contribuições significativas de Odom (10 pts, 8 rebs), Gasol (20 pts, 12 rebs) e Ariza (17 pts). Até Luke Walton finalmente apareceu, com 10 pontos. Como escrevi no post anterior, quando Kobe e Gasol conseguem ajuda de outros jogadores o time fica muito difícil de ser batido.

Enquanto Phil Jackson mostrou porque é considerado um dos maiores técnicos da história, ajustando o time como se deve, George Karl mostrou que realmente não tem condições de levar seu time a um nível acima. E os Lakers chegam à final da NBA pela TRIGÉSIMA vez na história.

Do outro lado do país, Lebron James conseguiu evitar a eliminação em casa no jogo 5 com uma atuação monstruosa no jogo 5, um triple-double maiúsculo com 37 pontos, 14 rebotes e 12 assistências. Mas, no jogo 6, de volta a Orlando, o Magic mostrou que é o melhor time da série, voltando a aproveitar todas as vantagens de matchup’s na série, especialmente os que envolviam Rashard Lewis e Dwight Howard e confirmaram a vitória na série e a passagem para as finais da NBA pela primeira vez desde 1995, quando ainda contava com Shaqulli O’Neal e Penny Hardaway.

Lebron James deixou a quadra no jogo 6 sem cumprimentar os adversários e nem apareceu para a entrevista coletiva. Achei isso desnecessário e sua justificativa de que estava chateado por ter perdido não é correta. Uma boa piada que li é que ele teria enviado Mo Williams e Delonte West para a coletiva para ver se pelo menos naquela hora ele conseguiria alguma ajuda de seus companheiros na série. Piadas à parte, o fato é que ele fez o que podia para tentar ganhar a série, mas estava “sozinho”. E, por ter ainda 24 anos, ainda vai a aprender que não há o menor problema e cumprimentar o adversário vitorioso, ainda mais quando este ganhou com todos os méritos.



Não teremos o sonhado duelo entre Kobe e Lebron, e todas as campanhas publicitários e shows de marionetes da ESPN ficaram a ver navios, mas o fato é os dois melhores times chegaram às finais.


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