terça-feira, 9 de junho de 2009

JOGO 2 - LAKERS 101, MAGIC 96 (OT)



O jogo estava bem chato até o início do último quarto, começando com um primeiro quarto de menor placar combinado da história das finais da NBA (15x15). Rashard Lewis manteve o Orlando Magic no jogo com uma atuação monstruosa, especialmente quando marcou 18 dos 20 pontos do time no segundo quarto

Dwight Howard continuou sendo pressionado dentro do garrafão com constantes variações da defesa - às vezes marcação simples, as vezes com dobra, outras vezes com 3 marcadores, ou seja, ele não sabia o que esperar. Mas essa rotação defensiva dos Lakers, ao contrário do jogo 1, passou a chegar atrasada nos arremessadores, o que facilitou as coisas para (34 pts, 11 rebs, 7 assists) e Hedo Turkoglu (22 pts), cujos arremessos voltaram a cair.

O que eu não entendi foi no que o téncico Stan Van Gundy estaria pensando quando deixou J.J. Redick na quadra por 27 minutos, limitando os minutos de Rafer Alston e Coutney Lee. É verdade que os seus guards (Alston, Lee e Pietrus) ainda não apareceram para jogar na série. Também acho que o fato de ter escalado Jameer Nelson durante 24 minutos no jogo 1, alterando uma rotação que deu muito certo na série contra os Cavs, pode ter fuzilado a confiança de Alston. Mas manter o time em quadra por tanto tempo sem um armador e fazer com que a função de conduzir a bola seja apenas do Hedo Turkoglu (o que ele fez muito bem, diga-se de passagem)??? Realmente era necessário fazer algum ajuste depois do primeiro jogo, mas esse "ajuste" eu confesso que não entendi.

Já comentei dos problemas na rotação defensiva dos Lakers. No ataque também faltou um certo ritmo, o jogo estava estranho. A diferença foi a atuação de Lamar Odom no último quarto (4 boas atuações na sequência! Não sei se fico empolgado ou preocupado com o próximo jogo). E o jogo, que estava chato, ficou emocionante no final, com constantes trocas de liderança, até os dois lances finais. No primeiro, com o jogo empatado e a 9 segundos do final, Kobe Bryant recebeu a bola, passou pelo Turkoglu, que recebeu a ajuda de outros 3 caras de azul e conseguiu se recuperar, bloqueando o arremesso do número 24, recuperando a bola e pedindo um tempo a 0.6 segundos do final. O técinco Stan Van Gundy desenhou uma jogada depois de DOIS pedidos de tempo, que resultou num ponte aérea de Turkoglu para Courtney Lee, que se livrou da marcação de Kobe Bryant com a ajuda de um bloqueio nas costas do jogador dos Lakers. A bola chegou limpa para Lee, mas ele não conseguiu fazer a cesta. Se alguém disser que a culpa pela derrota foi ele por ter errado esse lance é porque nunca jogou basquete. O lance não era NADA fácil.

Nesse mesmo lance, há uma jogada polêmica. Quando Courtney Lee soltou a bola, Pau Gasol estava tocando a rede e o aro da cesta (aparentemente o aro não se moveu). A bola nem chegou a tocar o aro, ou seja, a interferência não ocorreu. E, segundo o s supervisor de arbitragem da NBA Bernie Fryer: "if Gasol's hand had shaken the basket, caused the stanchion to move or touched the rim while the ball was on the rim, the correct call would have been goaltending. But since none of those things happened, It was a cut-and-dried no-call." Muito pior foi um bloqueio de Dwight Howard sobre Lamar Odom durante o jogo, quando ele passou a mão pela parte interna do aro para bloquear a bola. Isso sim é interferência!

Prorrogação. E os Lakers conseguiram algumas paradas defensivas e algumas boas jogadas ofensivas (especialmente a assistência de Kobe para Gasol para uma jogada de 3 pontos que deu ao time 6 pontos de vantagem). Os Lakers escaparam com a vitória, memso num jogo no qual muita coisa deu errada e com as atuações muito boas de Rashard Lewis e Hedo Turkoglu. Mas Kobe (29 pts, 8 assists), Gasol (24 pts, 10 rebs) e Lamar Odom (19 pts, 8-9 FG, 8 reb e 3 blks) mais uma vez mostraram que, quando os 3 atuam bem, o time dificilmente perde.

Não consigo visualizar os Lakers perdendo 3 jogos seguidos, nem perdendo 2 jogos seguidos em casa. Por isso, acredito que a vitória de ontem tenha sido o passo decisivo para o título. Para o Orlando, o erro de Courtney Lee (de novo, era uma bola muito difícil) poderá ser incluído na história como o lance do "se", mas não chega perto do jogo 1 das finais de 1995, quando liderando por 3 pontos e com 4 lances-livres a favor, contra os Rockets, viram Nick Anderson desperdiçar TODOS, seguindo uma bola de 3 pontos de Kenny Smith que levou o jogo para a prorrogação e à vitória do Houston.
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Um comentário:

Fabio Cassiano Calzzetta disse...

Ronalt

Será que Horward vai jogar nessa série final? Que marcação os Lakers estão fazendo nele. Faltou ele nesse jogo, já que Rashard Lewis e Turkoglu foram muito bem.