sexta-feira, 31 de outubro de 2008

NFL - PREVISÕES DA METADE DA TEMPORADA

Estamos praticamente na metade da temporada de 17 semanas da NFL (National Football League). Alguns times já jogaram 8 vezes e alguns apenas 7 (de um total de 16 jogos). Essa temporada está relativamente estranha e difícil de prognosticar, pois alguns resultados saem totalmente da lógica – equipes ganham jogos improváveis e perdem jogos fáceis. Algumas divisões são MUITO fortes, enquanto outras são MUITO fracas. Até o ano passado, a NFC era considerada a conferência mais fraca, considerando os resultados dos Super Bowl’s dessa década, especialmente devido a hegemonia do New England Patriots (campeões em 2001, 2003 e 2004) e dos títulos dos Pittsburgh Steelers (2005) e do Indianapolis Colts (2006). Porém, desde a mega surpresa do último Super Bowl, quando os New York Giants venceram os favoritíssimos New England Patriots naquela que é considerada uma das maiores zebras da história, parece que a maré mudou.

Mesmo assim, na função de palpiteiro, vou dar o meu pitaco e fazer algumas análises e prognósticos (a classificação atualizada pode ser conferida aqui:

(Para quem não acompanha, a forma de disputa do campeonato é a seguinte: são duas ligas (NFC e AFC), cada uma com 4 divisões de 4 times, totalizando 32 equipes. Cada time joga 16 vezes: 6 no esquema turno e returno dentro da divisão, 4 com todos os times de outra determinada divisão da AFC, mais 4 contra todos os times de outra divisão da NFC e 2 jogos contra times das duas divisões restantes da mesma conferência e que ficaram na mesma posição, dentro de suas respectivas divisões, no ano anterior. Classificam-se para os playoffs 6 times em cada conferência, sendo os 4 campeões de cada divisão, mais 2 “wild-cards”, que são os times de melhor campanha entre os restantes. Os campeões de cada conferência disputam o Super Bowl. Complicado?)

Na análise a seguir não vou perder tempo em citar aqueles times que não têm a menor condições de ir aos playoffs. Por isso, vou escrever os nomes deles apenas uma vez (e no máximo mais uma ao apresentar os times de cada divisão, mas sem analisá-los): Detroit Lions, Seattle Seahawks, St.Louis Rams, San Francisco 49ers, Cincinnati Bangles, Oakland Raiders e Kansas City Chiefs: até o ano que vem para vocês!

1)NFC (Liga Nacional)

NFC EAST – sem sombra de dúvidas é a divisão mais forte de toda a NFL, com NY Giants, Dallas Cowboys, Washigton Redskins e Philadelphia Eagles. Se não houvesse a regra de classificar ao menos um por divisão, eu apostaria que esses 4 se classificariam. Mas um deles vai ficar de fora. Inicialmente, eu achava que os favoritos seriam os Cowboys (5-3) e os Eagles (4-3), mas ambos perderam jogos que não poderiam perder. Os Redskins (6-2), por sua vez, conseguirem vitórias importantes exatamente em Dallas e em Philadelphia, mas na sequência perderam para os Rams (até então um dos piores times da liga) em casa. Já os atuais campeões Giants (6-1), começaram a temporada arrasadores, mas com uma tabela fácil e mesmo assim com uma derrota inesperada em Cleveland. Porém, vêm de uma vitória contra os poderosos Steelers, em Pittsburgh, demonstrando que têm condições de vencer todo mundo. Esse jogo foi o primeiro de uma segunda metade de temporada bem mais difícil, que inclui jogos em Dallas, em Philadelphia, em Washignton, em Arizona, além de jogos em casa contra Dallas, Philadelphia, Carolina e Baltimore. Impossível de apostar numa ordem, mas acredito que Giants e Cowboys se classificam. O terceiro lugar na divisão e provável wild-card nos playoffs deverá ser dos Redskins, pois as vitórias em Dallas e em Philadelphia terão um peso grande (e ainda receberá ambos em casa). Os Eagles dependem da condição de Brian Westbrook – se ele voltar realmente recuperado da contusão (e pela última semana parece que voltou), ainda têm uma chance, que eu considero menor. Quem vencer essa divisão deverá ser o representante da NFC no Super Bowl.

NFC NORTH - Chicago Bears (4-3), Green Bay Packers (4-3), Minnesota Vikings (3-4) e Detroit Lions (0-7): Eu descartaria Minnesota da briga (tabela mais difícil e já perdeu em Chicago e em Green Bay). Os Packers começaram bem com 2 vitórias, mas perderam 3 seguidas e agora voltaram a vencer 2 vezes consecutivas. Dependem da afirmação de Aaron Rogers como QB substituto do Brett Favre. Aposto nos cabeças-de-queijo.

NFC SOUTH - Carolina Panthers (6-2), Tampa Bay Buccaneers (5-3) Atlanta Falcons (4-3) e New Orleans Saints (4-4): Os Bucs têm uma das melhores defesas da NFL, mas ainda terão que jogar em Carolina. Mesmo assim, apostos neles, considerando a vitória que tiveram em casa contra os Panthers (27-3) e na tabela ligeiramente mais tranqüila.

NFC WEST – Arizona Cardinals (4-3), Seatle Seahawks (2-5), San Francisco 49ers (2-5) e St Louis Rams (2-6): Se a NFC East é a divisão mais forte da NFL, a NFC West é, de longe, a mais fraca. O primeiro que conseguir 7 vitórias leva a divisão e a vaga nos playoffs. Como Arizona não costuma perder em casa, levará com tranqüilidade.

2) AFC (Liga Americana)

AFC EAST – New England Patriots (5-2), Buffalo Bills (5-3), NY Jets (4-3), Miami Dolphins (3-4): Apesar da presença de Brett Favre nos Jets e da reação dos Dolphis em relação ao ano passado, ainda não são times confiáveis. A contusão do Tom Brady tirou todo o favoritismo dos Patriots, que ainda contam com uma bela defesa, apesar do colapso contra os Chargers e os Dolphins, o melhor técnico da liga, e uma tabela muito fácil, graças ao cruzamento com a NFC West. Essa tabela fácil também vai ajudar o Buffalo Bills. Acredito que ambos se classifiquem.

AFC NORTH – Pittsburgh Stellers (5-2), Baltimore Ravens (4-3), Cleveland Browns (3-4) e Cincinnati Bangles (0-8). Os Steelers são o melhor time da divisão e devem garantir o título sem problemas. Os Ravens ainda contam com uma defesa sólida e vão brigar pelo Wild Card.

AFC SOUTH – Tennessee Titans (7-0), Jacksonville Jaguars (3-4), Indianapolis Colts (3-4) e Houston Texans (3-4): Os Titans estão sobrando e têm a melhor defesa da liga. Na última segunda-feira mostraram um poder de recuperação muito bom ao virarem o jogo contra os Colts de Payton Manning (voz de Paulo Antunes). Com essa defesa, conseguem parar qualquer time da NFL, incluindo os poderosos ataques da NFC East. Já os Jaguars, são pra mim, juntamente com os Chargers, as maiores decepções da temporada até agora. Colts e Texans são muitos irregulares e os Texans vêm numa recuperação de 3 vitórias seguidas após perderem as 4 primeiras da temporada e ainda não considero carta fora do baralho. Qualquer um dos 3 terá condições de brigar por uma vaga no Wild Card.

AFC WEST – Denver Broncos (4-3), San Diego Chargers (3-5), Oakland Raiders (2-5), Kansas City Chiefs (1-6): Como já disse antes, a campanha dos Chargers é decepcionante, mas ainda podem se recuperar (a vitória contra os Patriots há algumas semanas foi maiúscula). Os Broncos começaram muito bem, mas podem cair. Esqueçam os outros 2 times, só estão aí para garantir 4 vitórias aos líderes da divisão.

Projeções para os playoffs:

NFC:
1. NY Giants
2. Tampa Bay
3. Green Bay
4. Arizona
5. Dallas
6, Washington.

(Fiquei muito tempo pensando se colocaria os Cowboys na posição 1 e os Giants na 5 ou vice-versa - os campeões de divisão são automaticamente classificados de 1 a 4 - e deixei os Giants por estar impressionado pela vitória recente em Pittsburgh).

AFC:
1. Tennessee,
2. Pittsburgh,
3. New England,
4. Denver,
5. Buffalo.
Para a última vaga, muita gente brigando e pode dar qualquer um: Baltimore, Jacksonville, Indianapolis, Houston e San Diego (impossível apostar em alguém).

Super Bowl: Tennessee Titans 20, NY Giants 13 (e eu fico livre de pagar um almoço ao meu amigo Vitor Ohtsuki).

COMEMORE PHILADELPHIA!!!!!!!!!

Os moradores de Philadelphia não comemoravam um título há mais de duas décadas. Apenas para posicionar todos historicamente, a lista das últimas conquistas da cidade é a seguinte:

• Stanley Cup – Philadelphia Flyers (NHL) – 1974 e 1975

• World Series – Philadelphia Phillies (MLB) – 1980

• NBA Championship – Philadelphia 76ers – 1983

• Heavy Weight World Championship – Rocky Balboa vence Ivan Drago e inicia, sozinho, o processo que acabaria com a Guerra Fria – 1985

E depois perguntam por que eu considero Philadelphia uma das cidades mais sofridas (em termos esportivos) dos Estados Unidos. Se não contarmos Rocky IV, foram 25 anos sem nenhuma conquista nos esportes profissionais. Para os fanáticos pelos Phillies, a espera durou 28 anos. No título de 1980, Jamie Moyer, nascido na cidade, na época com 17 anos, participou da parada de comemoração. Hoje, aos 45 anos de idade, ele participará novamente da parada, mas dessa vez como membro do time campeão de 2008 e como o segundo pitchers mais velho da história a começar uma partida de World Series (o mais velho foi Jack Quinn, também dos Phillies, com 47 anos na World Series de 1930).

E acabou (pelo menos por enquanto) a história de Cinderela dos Tampa Bay Rays. Nesta série, o ataque perdeu o poderio que apresentou contra os Red Sox na ALCS. A média de runs caiu de 6,1 para apenas 3,0 por jogo. Evan Logoria (provável calouro do ano) terminou a série com 1 rebatida em 20 “at bats”. Carlos Peña, 2/18. Contra os Red Sox, haviam rebatido 7/27 e 7/26 respectivamente, com 7 HR combinados. O time havia rebatido 16 Home Runs contra os Red Sox (2,3 por jogo) e agora, apenas 4 em 5 jogos (0,8 por jogo).

Méritos também dos pitchers dos Phillies, que terminaram a série com a excelente média de 2,86 ERA (runs permitidos para cada 9 innings jogados), que é muito baixa. Cole Hamels foi eleito o MVP, com 2 excelentes apresentações nos jogos 1 e 5 (13.0 IP, 2.77 ERA).

E como se a espera de 25 (ou 28) anos não fosse suficiente, ainda foi necessário uma espera adicional de 2 dias para a conclusão do jogo 5, que foi interrompido no 6º inning na segunda-feira por causa da chuva, não pôde continuar na terça-feira pelo mesmo motivo e foi acabar somente na quarta-feira. Realmente não foi uma World Series das mais atraentes (sem o mesmo atrativo que teria com Red Sox e/ou Dodgers, a média de audiência nos EUA foi 25% menor do que no ano passado), mas o importante é que a espera terminou e os moradores de Philly podem voltar a comemorar.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

NBA PREVIEW

Está começando a temporada 2008-2009 da NBA. E não pode faltar um preview deste que é simplesmente fanático por basquete. Antes, gostaria de indicar os links para as análises dos especialistas da ESPN.com:


- Divisão do Atlântico
- Divisão Sudeste
- Divisão Central
- Divisão Sudoeste
- Divisão Noroeste
- Divisão Pacífico

- Campeão do Leste
- Campeão do Oeste
- Campeão da NBA
- MVP
- Power Rankings do Marc Stein
- Previsões do Bill Simmons

Minhas previsões:

1) Em termos de favoritos, acredito que começamos onde a temporada anterior terminou. Celtics e Lakers saem na frente. Porém, os Celtics vão sentir falta de James Posey (que trará um impacto muito positivo nos Hornets, principalmente na questão defensiva - como lembrou Bill Simmons, as duas vitórias mais importantes dos playoffs do ano passado (jogo 6 em Detroit e jogo 4 em LA) vieram justamente em grandes atuações do Posey). Os Lakers, ao contrário, não perderam ninguém e terão a volta de Andrew Bynum, que trará um ganho nos dois extremos da quadra. Acredito que terão a melhor campanha de toda a liga na temporada regular, mas o futuro nos playoffs vai depender da capacidade de parar os melhores jogadores adversários na defesa. Não tiveram isso nas finais contra os Celtics e foram beneficiados pela contusão do Ginobili na final do Oeste.

2) Alguns times "velhos" podem estar na última chance de brigar pelo campeonato: Dallas, Phoenix, San Antonio e Detroit. Só não sou louco de apostar contra os Pistons e os Spurs. Os Pistons estão com alguns reforços: a saída do Flip Saunders (ô técnico loser!), Rasheed Wallace está em ano de renovação de contrato e os mais jovens, especialmente Rodney Stuckey, começarão a ter mais impacto. Tim Duncan deverá ter uma temporada espetacular (talvez a última da carreira), mas os Spurs estão com coadjvantes mais fracos que o costume e dependem da recuperação do Ginobili. Se ele se recuperar, podeão chegar nos playoffs com o argentino sem contusão e descansado. Nesse caso, sabemos o que pode acontecer.

3) Em contrapartida, os times mais "jovens" entrarão definitivamente na briga pelo título. Destaco especialmente o Cleveland Cavaliers no Leste e o New Orleans Hornets no Oeste.

4) Também deverão fazer campanhas excelentes na temporada regular Houston Rockets (dependendo de quantos jogos T-Mac, Yao Ming e Ron Artest conseguirão jogar juntos), Utah Jazz, Orlando Magic e Philadelphia 76ers.

5) Aposto numa boa recuperação do Miami Heat, agora que Dwyane Wade está sem problemas de contusão (apesar de que o time parece mais um "catadão"). E eu não gostaria de enfrentá-lo nos playoffs.

6) O Portland Trailblazers será a sensação e um dos times mais legais do campeonato, com a chegada de Greg Oden e Rudy Fernandez.

7) Kevin Durant e Al Horford vão explodir nesse ano e vão confirmar que serão superstars em breve. Al Horford tem tudo para chegar no nível de Dwight Howard e Chris Bosh. Já Kevin Durant será daqueles jogadores mais-do-que-especiais, tanto que nem consigo pensar em algum do passado para compará-lo.

8) Lebron James será o MVP. Kobe, Chris Paul e Dwyane Wade chegarão perto, mas não terão chances.

Palpites para os playoffs:

LESTE:
1. Boston Celtics
2. Cleveland Cavaliers
3. Orlando Magic
4. Philadelphia 76ers
5. Detroit Pistons
6. Miami Heat
7. Toronto Raptors
8. Atlanta Hawks

OESTE:
1. LA Lakers
2. New Orleans Hornets
3. Utah Jazz
4. Houston Rockets
5. San Antonio Spurs
6. Phoenix Suns
7. Dallas Maverics
8. Portland Trailblazers

Final do Leste: Cleveland 4x2 Boston
Final do Oeste: LA Lakers 4x3 New Orleans
Final da NBA: LA Lakers 4x3 Cleveland

Sete jogos entre Kobe e Lebron, com Kobe finalmente liderando um time ao título - que mais posso pedir?

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FANTASY TIP-OFF

Começa hoje a temporada do Fantasy Basketball. Dessa vez estou participando de duas ligas, com regras bem diferentes entre si. Na minha preparação para os drafts resolvi definir alguns critérios. Os principais eram:

1) Ficar longe dos jogadores “malas”, ou seja, aqueles que podem te dar uma noite com 25-10-8 (pts-rebs-ast) e na seguinte ficar com 11-3-1. Nessa categoria se encaixam Vince Carter, Baron Davis e Jamal Crawford (os dois últimos por experiência própria no ano passado);

2) Nos dois primeiros rounds, evitar aqueles jogadores que estão ficando com o peso da idade e tendem a ter as estatísticas encolhendo – Steve Nash, Kevin Garnett, Shawn Marion, Chauncey Billups, Marcus Camby, Jason Kidd;

3) Nem chegar perto dos jogadores que estão em processo de recuperação de contusão, por mais que os mesmos possam explodir na segunda metade da temporada: Manu Ginobili, Monta Ellis, Gilbert Arenas, Yao Ming (que acabou com a minha temporada do ano passado ao anunciar a fratura por stress em março), Tracy McGrady.

Com isso, montei minhas pré-listas excluindo os jogadores acima e ordenando os demais da seguinte forma:

1) Lebron James (inevitável #1, mas como eu não tinha a primeira escolha, esquece);
2) 2-4: Chris Paul, Kobe Bryant e Amare Stoudemire (não necessariamente nessa ordem);
3) 5-7: Dwight Howard, Dwyane Wade, Dirk Nowitzki (nessa ordem)
4) Final da primeira rodada ou para a segunda: Tim Duncan, Elton Brand, Carlos Boozer, Allen Iverson (parece que não envelhece), Deron Williams, Chris Bosh, Al Jefferson, Josh Smith.
5) Terceira e quarta rodadas: Joe Johnson, Carmelo Anthony, Andre Iguodala, Pau Gasol, Rashad Lewis, Caron Butler, Danny Granger, Jason Richardson, Rudy Gay, David West, Kevin Martin.
6) Para os demais rounds, as prováveis explosões em relação ao ano passado: Kevin Durant, Al Horford, David Lee, Brandon Roy, LaMarcus Aldridge, Mo Williams, Mike Dunleavy, Corey Maggette.

Na Liga Basqueteiros, de 10 times, o draft foi no último sábado e acho que me dei bem. Tinha a escolha número 6 e, graças à escolha do Dirk Nowitzki no #3 e do Kevin Garnet no #5, consegui ficar com o Amare Stoudemire, que deveria ser seguramente um Top 4. Consegui ainda Tim Duncan na segunda rodada e fechei minha base com Rudy Gay, Andre Iguodala, Kevin Martin e Brandon Roy . Até aí tudo melhor que o planejado. Mas cometi um mega vacilo, ao deixar passar Al Horford, que tem tudo para explodir no seu segundo ano, nos rounds 7 e 8 (ele foi a 10ª escolha do 8º round – uma barganha). Mesmo assim achei o resultado final muito bom pro meu lado e acho que estou com um dos 3 melhores times.

Já na liga Michael Chang, de 12 times, com a galera do Bolão NBA, eu tinha apenas a 8ª escolha e achava que não conseguiria nenhum jogador do meu Top 7. Mas, graças à ajuda dos que escolheram Kevin Garnett e Steve Nash nos números 4 e 7, consegui pegar Dwight Howard, que deve ter mais uma temporada espetacular. Consegui ainda Elton Brand na segunda rodada (espera-se uma ótima temporada no novo time, os 76ers, desde que o joelho esteja realmente recuperado – e parece que está), Joe Johnson, Rudy Gay, Mo Willims, Al Horford (esse eu garanti já na 5ª rodada), David Lee e Corey Maggette. Apesar de ter gostado mais do time da liga Basqueteiros, acho que nesse eu tenho mais chances, pois acho que alguns vacilaram em algumas escolhas e confiado demais nos jogadores “malas” e nos contundidos. Mesmo assim, o equilíbrio é grande.

Fato é que o fantasy está caindo no gosto da galera. Prova disso é que a maioria se preparou muito bem para o draft e estava on line para a escolha dos jogadores. A temporada começa nesta terça-feira. Boa sorte a todos.

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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

AVISO AOS CORINTHIANOS

Achei patética toda essa comemoração da torcida do Corinthians no último sábado, quando garantiram o retorno à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Se orgulhar do quê? Alguns respondem: "Pô, o time voltou na bola, com muita raça, etc". Isso não é mais do que obrigação? Eu ainda estaria envergonhado se meu time tivesse que disputar a série B.

(Antes que alguém comece, EU SEI que o São Paulo caiu para a série B do campeonato paulista em 1990 - o que foi uma baita vergonha. Mas não chegou a disputá-la, já que o regulamento para 1991 foi mudado e o Tricolor pôde disputar um grupo mais fraco, se classificar com folga para um a fase final, com os times do grupo mais forte e acabou sagrando-se Campeão Paulista de 1991 (os corintthianos ainda devem ter pesadelos com aqueles 3 gols do Raí). Só quero deixar claro que a "marmelada" não foi do São Paulo, que sozinho não conseguiria nada - foi uma "marmelada" em grupo, com o aval não só da Federação Paulista, mas também dos outros clubes, que apoiaram a mudança do regulamento. Então, não reclamem com a gente, reclamem com seus clubes que permitiram a "virada de mesa").

Voltando aos dias atuais, já tem corinthiano dizendo que o time é o máximo e que ninguém segura em 2009. Depois não quer ouvir gozação. E esse negócio de colocar estrela na camisa considerando o título da série B mais um título nacional é uma das maiores (e piores) piadas que já ouvi. No máximo, entendo que se enalteça a torcida que encheu os estádios e apoiou o time em todos os jogos - justificando o apelido de "fiel" - mas toda essa festa é um baita exagero.

E no ano que vem acabou a moleza - nada de CRB, Marília ou Ceará. Agora vão ter que enfrentar times do mesmo nível ou melhores, como Figueirense, Náutico, Atlético Mineiro, Vitória, Goiás e até o temido Sport Recife, o algoz da Copa do Brasil. Boa sorte, vocês vão precisar!

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FANTASY FEVER

No Brasil ainda é relativamente pequena a participação em Fantasy Games. Pra quem não sabe, são jogos on line (nem sempre foi assim, já volto a esse ponto) onde fãs de esporte montam equipes próprias, com jogadores reais, e se utilizam do desempenho real desses jogadores nos campeonatos que disputam para somar pontos nesses jogos “de fantasia”.

A versão brasileira mais conhecida é o Cartola FC, do Sportv, com base nas estatísticas do campeonato brasileiro de futebol. Ainda no futebol, os jogos da UEFA (tanto da Champions League quanto da Euro) funcionam mais ou menos da mesma forma.

Mas nos Estados Unidos os Fantasy Games são uma verdadeira febre. E começaram antes mesmo do advento da Internet. Já li histórias de meados dos anos 80, quando um grupo de amigos se reunia, escolhia jogadores da NBA e um deles, normalmente o mais fanático (ou seria desocupado?) passava a semana coletando as estatísticas em todos os jornais para transferir as pontuações para o fantasy. Com a Internet, obviamente, tudo ficou mais fácil, além de possibilitar a massificação da brincadeira. Hoje, as principais ligas profissionais americanas – basquete, futebol americano, baseball, hockey, futebol e até automobilismo, entre outras – possuem a versão fantasy.

O site da ESPN, por exemplo, traz disponíveis as versões em todas as modalidades. Outras opções são o yahoo ou os sites das próprias ligas (NBA, NFL, MLB, NHL, etc). Em todos esses jogos, há uma infinidade de ferramentas para que os jogadores, ou melhor, “owners” possam pesquisar ao máximo na hora de montar as equipes: colunistas especializados no assunto, rankings pré-definidos, todas as estatísticas imagináveis, e por aí vai. Além disso, a ferramenta de draft on line (evento no qual os owners se “encontram on line” para escolher os jogadores dos respectivos times) é impressionante. E, acreditem, os mais fanáticos gastam um tempo enorme pesquisando os melhores jogadores ou tentando descobrir quais serão os “sleepers” (jogadores de estatísticas baixas na temporada anterior que podem arrebentar na temporada que se aproxima).

A seguir mostro alguns exemplos do que os fantasy games representam (ou podem representar) nos Estados Unidos:

• O jogo entre Philadelphia Eagles e Dallas Cowboys, no último dia 15 de setembro, no Monday Night Footbal, foi o evento de maior audiência da história da TV a cabo dos Estados Unidos. Convenhamos, era um jogo da segunda semana do campeonato e será que o fato de que são 2 dos principais times da NFL e considerados entre os favoritos ao título antes da temporada seria suficiente para tal recorde? Bill Simmons escreveu uma coluna com argumentos bem razoáveis afirmando que um dos principais motivos de tamanha audiência seria as implicações que o resultado do jogo traria para o fantasy NFL, afinal, o número de jogadores top envolvidos (Tony Romo, Donovan McNabb, Brian Westbrook, Terrel Owens, etc) era muito grande e o número de fantasy points a serem distribuídos, no último jogo da rodada (era um Monday Night Football), definiria a classificação de muitas ligas.

• Na última semana, o mesmo Bill Simmons, juntamente com Mattew Berry (ESPN's new Senior Director of Fantasy – olha o cargo!) lançaram um desafio para os fãs para que fosse criada uma liga de fantasy basketball, na qual os participantes seriam os dois (Simmons e Berry) mais 8 fãs que mandassem os e-mails mais criativos, podendo até oferecer “presentes” para ganhar a vaga. Para quem tiver paciência e curiosidade, o processo seletivo foi registrado em 2 podcasts: aqui e aqui.

Eles receberam MILHARES de e-mails, com algumas respostas beirando ao absurdo. Um cara chegou a oferecer sua própria irmã ao Mattew Berry. Outro, ofereceu itens de colecionador do Boston Red Sox ao Bill Simmons (incluindo um card autografado pelo Manny Ramirez). E esses dois não foram escolhidos. Entre os vencedores, um membro da marinha que se encontra no Iraque, um cientista de foguetes que promoteu entitular sua tese de PhD como “Simmons-Berry-Fulano Theorem” e um que prometeu deixá-los escolher qualquer coisa a ser tatuada em seu corpo. Os últimos 27 minutos do segundo podcast traz os finalistas e os escolhidos.

• Há quem ache que não se está muito longe de ocorrer um crime motivado por uma questão de um fantasy game. Vejam ESSA NOTÍCIA.

• E o fato que mais me chamou a atenção ultimamente: a menos de um mês da eleição para presidente dos Estados Unidos, Barack Obama passou um dia inteiro com Ricky Reilly escolhendo jogadores para aquela semana do fantasy football. E com conhecimento de causa. Detalhe para a frase: "Man, this is more important than politics! This is football!"

São apenas alguns exemplos. Eu mesmo já utilizei algumas horas da última semana pesquisando para as duas ligas que participo (ambas da NBA). E como as duas são de regras diferentes, a pesquisa foi dobrada. Já participei de um draft ontem (sábado) e acho que me dei bem. Nesta segunda-feira, será o outro, na Michael Chang’s League, com a galera do Bolão NBA, que entra na sua terceira temporada. Durante esta semana, coloco as escalações de minhas equipes por aqui...

Que comece a temporada 2008-2009 do Fantasy NBA!

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

WORLD SERIES


Ao contrário de 2004 e 2007, os Red Sox não conseguiram finalizar mais uma virada histórica na ALCS. Após estarem perdendo por 3x1 na série e 7 eliminações do início das férias, quando perdiam por 7x0 no 7º inning do jogo 5, conseguiram não só virar aquele jogo, como vencer o jogo 6 em Tampa e forçar o decisivo jogo 7 no Tropicana Field.

Mas, quando todos esperavam que o momento estava com os Red Sox e que a inexperiência dos Rays pesaria, tivemos um jogo 7 com uma atuação memorável do arremessador Matt Gazar, que só permitiu uma corrida no 1st inning (um HR do Dustin Pedroia) e depois disso anulou o ataque de Boston, que havia voltado a funcionar nos jogos 5 e 6. Final de jogo: Tampa Bay Rays 3, Boston Red Sox 1.

E os Rays conseguem se transformar numa das maiores surpresas da história. Saíram de uma campanha de 96 derrotas em 2007 para 97 vitórias em 2008 (somente na temporada regular – 162 jogos) Antes de a temporada começar, pagavam 150 dólares para cada dólar apostado em Las Vegas caso conquistassem a World Series. Ganharam uma divisão onde havia Boston Red Sox e New York Yankees. Isso sim é história de Cinderela.

Ainda precisam passar por mais um adversário, o Philadelphia Phillies, campeão da National League, pela primeira vez na World Series desde 1993 e que conquistaram o título apenas em 1980. Confesso que não conheço muito o time dos Phillies, mas vou manter o meu palpite da prévia que fiz dos playoffs: Tampa Bay em 6 jogos. Tudo bem que na minha prévia o adversário seria o Chicago Cubs, mas por princípio vou manter o mesmo critério de sempre, que é apostar no time da liga mais forte (no caso a AL). Nem sempre isso funciona: em 2006 o St Louis Cardinals surpreendeu ao vencer o Detroit Tigers na final, uma das poucas vezes em que o time da NL venceu o campeonato. O mesmo aconteceu em 1995 (Atlanta Braves), 1997 e 2003 (Florida Marlins) e 2001 (Arizona Diamondbacks). Nos dois últimos casos (2001 e 2003) foram títulos mais do que comemorados por esse que vos escreve, já que foram em cima dos Yankees.

Mesmo apostando nos Rays e não conhecendo o time dos Phillies, começo as séries simpatizando um pouco com Philadelphia, pois é uma das cidades mais sofridas dos Estados Unidos em termos de conquistas esportivas. O último grande título da cidade foi em 1983 com os 76ers (NBA). Antes disso, os próprios Phillies em 1980 e os Flyers (NHL) em 1974 e 1975. Tentei vasculhar na memória alguma cidade mais sofrida, considerando as grandes cidades com pelo menos 3 times profissionais, e só consegui pensar em Seattle, que desde 1978 não comemoram um título (Sonics, NBA) e ainda teve seu time de basquete seqüestrado nesse ano, quando foi movido para Oklahoma City, se transformando nos Thunders. Até Tampa, com times jovens, já comemorou títulos recentes com os Bucs (NFL, 2002) e Lightning (NHL, 2004). Mas Philadelphia vem sofrendo há 25 anos, com algumas poucas tentativas de sucesso como os 76ers em 2001 e os Eagles em 2004, mas sempre na base do quase. Até Atlanta, com os Braves e Miami, com o Heat e os Marlins, já conseguiram sair da miséria mais recentemente.

É verdade que esse série não terá nem de perto o mesmo atrativo que uma série entre Dodgers x Red Sox teria - os executivos da FOX ainda devem estar batendo com a cabeça na parede - e as audiências deverão ser baixas, mas vamos acompanhar as séries dentro do possível, começando nesta quarta-feira, às 22h00, em Tampa.

domingo, 19 de outubro de 2008

ANOTHER COMEBACK?

Em 2004 o Boston Red Sox fez história ao se tornar o primeiro time na história, (considerando as ligas americanas de Baseball e Basquete, no hóquei já havia acontecido) a vencer uma série melhor de 7 após perder os 3 primeiros jogos. Naquela séries contra o New York Yankees, após perder os dois primeiros jogos em NY, tomou uma verdeira surra no jogo 3 em Boston (19x8) e perdiam o jogo 4, também em Boston, com Mariano Rivera (talvez o maior "closer" da história do baseaball) entrando para sepultá-los de vez. Não só viraram aquele jogo, contra Mariano Rivera, como viraram a série e foram para a World Series, quando varreram o St. Louis Cardinals por 4x0 e saíram da fila de 86 anos.

No ano passado, contra o meu Cleveland Indians, também na ALCS, perdiam a série por 3x1, incluindo comentários do Manny Ramirez aceitando a derrota na série, quando o ataque explodiu no jogo 5, em Cleveland. Resultado? Nova virada na série.

E chegamos a esse ano. Final da conferência americana, contra a "Cinderela" da temporada, o Tampa Bay Rays. Durante a temporada regular, os Rays dominaram a disputada AL East a maior parte do tempo. Ganharam as duas últimas séries contra os Red Sox, uma em agosto em Boston e outra em setembro em Tampa, para evitar a perda do título da divisão. E, após os 2 primeiros jogos em Tampa, bastante equilibrados, com vitória dos Red Sox no primeiro (2-0) e dos Rays no segundo (9-8 em 11 innings), a série foi para Boston. E os Rays pareciam dominar a série. Dois massacres nos jogos 3 e 4 (9-1 e 13-4) e venciam o jogo 5 por 7-0 no 7º inning. A torcida começou a deixar o Fenway Park já pensando em 2009. Até Bill Simmons chegou a escrever um post-morten para a temporada 2008 dos Red Sox:

"The Sox were too banged up. They missed Manny. They didn't have enough reliable relievers. They had too many young guys with Schiraldian looks on their faces, too many pseudo-fans in the stands, too few free spirits in the dugout. They never should have let Josh Beckett pitch to those last two batters in Game 2. They never should have put Mike Timlin on the playoff roster, much less brought him in for the 11th inning of Game 2. And now, they were going down with a whimper. They were going to get swept in the middle three games at home, three humiliating losses to their formerly scrawny stepbrother in the AL East. Our boys seemed fine with it, and that was what really troubled us. Who was this team? Where were the guys I watched for 6½ months? Were the defending champs really handing over their title without a fight?"

Game Over, ou melhor, Series Over, certo? Não era bem assim. De repente os Red Sox conseguem uma corrida na segunda parte do 7º inning, seguido por um Home Run de 3 corridas do David "Big Papi" Ortiz, que vinha rebatento algo como 1/15 na série. 7x4 ao final do 7º inning. A torcida que ficou no estádio - provavelmente aqueles torcedores de verdade, não aqueles que só estavam lá para dizer que estava lá - começa a se agitar e de repente tudo muda. Mais 3 corridas no 8º inning e o jogo está empatado (7-7). Vem o último inning e a corrida da vitória, através de um single de JD Drew, impulsionando Kevin Youkilis para o Home Plate. O improvável aconteceu - DE NOVO! Os campeões estão vivos e acordaram.

Ontem à noite tivemos o jogo 6 em Tampa. E sabem o que aconteceu? Vitória dos Red Sox (4-2). Josh Beckett voltou a arremessar muito. O Bull Pen voltou a funcionar, especialmenet Okajima, Masterson e Papelbon. Além de Dustin Pedroia e Kevin Youkilis, os únicos que vinha batendo alguma coisa no início da série, Big Papi, JD Drew e até Jason Variteck voltaram a acertar a bolinha.

Quando o jogo estava 3-2 e Jason Variteck estava no bastão, apareceu uma estatística do seu desempenho na série (se não me engano, 0-14). Nessa hora Paulo Antunes começou a fazer piada sobre ele, mas completou: "E só falta ele bater um Home Run agora para calar a minha boca". Próximo arremesso: BANG! Home Run no da direção do right field. "CALA A BOCA PAULO ANTUNES", gritava o Everaldo Marques, se divertindo horrores.

E mais uma vez os Red Sox chegam a um jogo 7 da ALCS após estarem com série praticamente perdida. Fortes emoções hoje à noite. Pra piorar, começou o horário de verão, o que significa que é dia de dormir ainda mais tarde e passar a segunda-feira com sono. Na minha previsão dos playoffs, cravei Rays 4x3 Red Sox na ALCS. Até agora acertei todos os vencedores das séries da American League (a NL é uma várzea e consegui errar quase tudo, não precisamos entrar no mérito). Mas se considerarmos o histórico dos Red Sox e até mesmo os 3 jogos dessa série em Tampa (2 vitórias do Red Sox e uma derrota nos extra-innings), dá pra imaginar que a história de Cinderela dos Rays pode acabar hoje.

SELEÇÃO BRASILEIRA 2

Pois é... e pela terceira vez consecutiva a seleção brasileira ficou no 0x0 jogando em casa. Antes de jogo com a Colômbia, o mesmo já tinha acontecido nos jogos contra Bolívia e Argentiva. Quando uma seleção que se diz a melhor do mundo fica 3 jogos consecutivos em casa sem marcar um único gol sequer, é sinal que a coisa está errada.

E olha que a Colômbia não ficou totalmente fechada atrás, como se esperava. Quem recuou no começo do jogo foi exatamente o Brasil, tentando conseguir algumas jogadas da forma que mais tem funcionando ultimamente: os contra-ataques. Mas nem assim conseguimos algo. Kaká e Robinho não renderam nada, não havia aproximação entre os jogadores, poucas jogadas de linha de fundo, o jô saindo muito da área para buscar o jogo (como é que um cara desses pode ser titular da seleção? - ainda bem que ainda temos Luis Fabiano e Adriano!), e por aí vai.

É verdade que fica complicado montar um time com tantos desfalques por contusão (Luis Fabiano), suspensão (Adriano) ou mesmo definicência técnica (Ronaldinho). É complicado também ainda não termos encontrado laterais que assumam de vez a posição desde a saída de Cafu e Roberto Carlos. Mas, se com esses não funciona, por que não tentar outros? O Dunga deve estar achando que convocou o Kléber que jogava no Corinthians em 2003, que claramente não é o mesmo de hoje. Josué ainda dá uma força na marcação, mas sem a mesma efetividade de 2005 no São Paulo. E por aí vai... um time com jogadores que não são mais nem os melhores na posição (não que os outros disponíveis sejam muito melhores, mas por que não tentar?), sem padrão de jogo, dependendo de uma jogada individual ou de espaço pra jogar nos contra-ataques.

Mas o que mais me irrita é a postura do Dunga. É um ar de arrogância e superioridade que não dá para aceitar. Como ele consegue defender o trabalho depois dessa sequência de resultados? Dizer que é injusto criticar quando o país está em segundo lugar nas elimitórias ("parece que estamos em último", nas palavras do próprio) é no mínimo achar que somos cegos. Por que não uma postura mais humilde? Não precisa jogar a culpa na queda do nível técnico dos jogadores, mas pelo menos assuma que as coisas não estão bem e há necessidade de tentar algo diferente. Concordo que algumas atitudes de ordem disciplinar ou de "privilégios" (tanto para jogadores quanto para "terceiros") foram bem tomadas e eram necessárias, mas insistir que o trabalho técnico está no caminho certo é uma piada.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

COMENTÁRIOS SOBRE A SELEÇÃO BRASILEIRA

A seleção brasileira de futebol venceu a Venezuela hoje por 4x0, em San Cristóbal. Até aí, tudo normal, é o que tem acontecido sempre que vamos jogar lá nas eliminatórias - sempre vencendo com goleada. Para alguns, especialmente os defensores do Dunga, é mais uma coincidência que demonstra que seu trabalho não deixa a desejar em relação aos trabalhos de outros técnicos (Parreira, Felipão, Luxemburgo), que sofreram nas eliminatórias, nas sempre golearam a Venezuela na última rodada (tudo bem que hoje ainda era apenas o final do primeiro turno) e acabaram se classificando. Mas para mim algumas coisas são sintomas de que não é bem assim. Posso até estar exagerando, mas vamos lá:

1) Por mais incrível que pareça, havia certa preocupação com esse jogo. Não era visto como 3 pontos garantidos. E isso por causa da derrota para os venezuelanos naquele amistoso em Boston há alguns meses. Isso mesmo: a VENEZUELA CAUSOU PREOCUPAÇÃO! Nem adianta vir com aquela história de que "não tem mais bobo no futebol mundial" - não nesse caso. Como diria um certo colunista americano que costumo ler: "Senhoras e Senhores, a Era Dunga!"

2) A cena da bandeira brasileira sendo queimada por torcedores venezuelanos me deixou abismado, inconformado. Imaginem se, durante o tal amistoso em Boston, aparecesse uma bandeira venezulena sendo queimada na arquibancada por espectadores americanos... qual seria a reação do Hugo Chavez? No nosso caso, entendo que nosso "líder" Lula teria obrigação de, no mínimo exigir um pedido de desculpas para seu "amigo" Chavez. Obviamente, isso não vai acontecer, o que é mais que lamentável.

Voltando ao jogo, os Venezuelanos cairam na besteira de, empolgados com a vitória naquele amistoso, tentar jogar de igual pra igual e fizeram exatamente o que o time do Dunga mais queria: deixar o contra-ataques à disposição. E foi assim que construimos a goleada. Pelo amor de Deus, por mais que o Kaká, vencedor do último prêmio de melhor mundo, seja realmente o grande jogador brasileiro e realmente faz a diferença no time, se empolgar com uma vitória dessa é realmente um exagero. Após o jogo já ouvi comentaristas e repórteres voltando a exaltar o trio Robinho-Kaká-Adriano, que reencontrou o futebol da Copa das Confederações de 2005, e coisas do tipo. Calma aí! Vamos ver o que acontece na quarta-feira, contra uma Colômbia que fatalmente se apresentará toda retrancada, não dando o espaço que o Brasil encontra fora de casa. Lembrem-se do que aconteceu após a última vitória contra o Chile, fora de casa e o jogo seguinte, em casa, contra a Bolívia.

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domingo, 5 de outubro de 2008

MANNY BEING MANNY

Tirei a foto ao lado no SkyDome, estádio dos Blue Jays, equipe de baseball de Toronto. Se visualizarem a foto ampliada, perceberão um círculo numa das portas amarelas do nível superior dos espectadores (ao lado das janelas que ficam ao redor do placar eletrônico). Quando visitava o estádio, o guia explicou que o Home Run mais longo da história do estádio fez com que a bola entresse naquele porta. E foi batido por Manny Ramirez.

Manny Ramirez certamente é uma das figura mais curiosas e fantásticas na história do baseball. Sem um dúvida um dos maiores rebatedores de todos os tempos. Comecei a acompanhar baseball em 1995 e naquele ano, os Indians chegaram a World Series, quando foram derrotados pelo Atlanta Braves. Virei simpatizante dos Indians desde então. Em 1997, a equipe voltou à World Series e esteve a apenas 3 eliminações de vencer o campeonato depois de 50 anos, mas colapsou no 9th inning e permitiu o empate do Florida Marlins, que venceria aquele jogo 7 no 11th inning.

Naquela época, Manny já fazia chover, mesmo à sombra de Jim Thome, a estrela do time. A partir de 1995 (estreiou na liga em 1993) até 2000 (em 2001 foi negociado com o Boston Red Sox), apresentou estatísticas espetaculares: mais de 30 HR e 100 RBI em todos os anos, com exceção de 1997, chegando a impressionates 44 HR's e 165' RBI em 1999. Nos anos de Red Sox sempre manteve o mínimo de 30 HR's e 100 RBI's, ajundando o time a sair da fila de 86 anos e sendo eleito o MVP da World Series de 2004. Sempre foi um dos rebatedores mais temidos pelos arremessadores (média sempre próxima ou superior a 30%), que às vezes precisavam de até 10, 11 ou 12 arremessos para eliminá-lo (quando isso era possível - em grande parte das vezes ele alcançava as bases com rebatidas ou walks).

Esses números justificam com sobras o adjetivo "fantástico". Quanto ao "curioso", temos que recorrer ao seu comportamento. Algumas "manias":

- Tinha uma coreografia diferente de "high-fives" para cada companheiro de time quandos os mesmos voltavam para o dogout (banco do baseball, onde os jogadores esperam sua vez de rebater);
- Tinha uma rotina de arrumar o boné quando ia pegar uma fly-ball no left field... a bola chegando e ele ajeitando o boné... a torcida temendo que ele não pegaria a bola - sempre pegava e sorria como uma criança;
- Ao rebater uma bola que seria um Home Run, abria os braços para o alto por algum segundo, dava alguns passos lentos e depois começava a correr. E os arremessadores não levavam a mal - era só Manny being Manny.
- Já pelos Dodgers, nesse ano, ele pregou uma peça no repórter da FOX, quando serviu de tradutor para a entrevista do Angel Berroa, que supostamente não falava inglês... quando o repórter percebeu que estava sendo enganado, Manny e Berroa pareciam crianças rindo da travessura.

E por aí vai... não importava qual era a importância do jogo, podia ser oppening day, um jogo qualquer numa segunda-feira à tarde ou um jogo decisivo de playoff ou World Series. Manny sempre parece estar se divertindo. No ano passado, quando os Red Sox perdiam para os Indians por 3x1 na ALCS, Manny fez uma declaração polêmica, dizendo que não tinha importância, não dava pra ganhar sempre, dando a série como perdida. No início, todos acharam um absurdo, já que a série não tinha acabado, mas depois passaram a dizer que era apenas "Manny being Manny". Os Red Sox viraram a série para 4x3, foram para a World Series e ganharam o segundo título em quatro anos.

Durante todo esse tempo, todos aceitavam as manias de Manny... sejam as molecagens ou mesmo os lances em que ele "economizava", ou seja, não se arriscava mergulhando no chão para fazer um catch, ou a falta de velocidade para chegar às bases após uma rebatida simples, etc., desde que continuasse com as estatísticas incríveis e trouxesse as vitórias. Para facilitar a compreensão, procurei algum jogador de futebol conhecido para compará-lo. Incialmente pensei que esse perfil que eu descrevi se encaixaria muito no do Romário - deixa ele ir para a balada, deixa ele "passear" com a mulher durante a Copa do Mundo, no final ele garante o bixo do time.

Mas pensando bem, acho que a comparação correta é com Garrincha... obviamente, não presenciei a era Garrincha, mas já li e vi muita coisa sobre o Mané (Mané/Manny? - sim, ambos se chamam "Manuel"!!!!). Romário era mais na malandragem, Garrinha, mais na inocência - são clássicas as hitórias da Copa de 1958, quando ele perguntou, após a final, quando começaria o segundo turno, ou então quando comparão uma das seleções ao time do São Cristóvão. Ao final da World Series de 2004 (fim do jejum dos Red Sox), Manny e Johnny Damon passaram a se intitular como "um bando de idiotas que gostavam de jogar baseball" - e os caras pareciam mesmo um bando de "cabeças-ocas".

Pois Manny Ramirez deixou os Red Sox nesse ano, no limite do prazo para transferências, sendo negociado numa troca que envolveu também Pittsburgh Pirates, e acabou nos Los Angeles Dodgers. Sua saída foi controversa - muitos dizem ele forçou a saída, começando a fazer corpo mole e dando declarações dizendo que queria sair. Os dirigentes e alguns membros da mídia passaram a dizer que ele não respeitava mais o jogo (nesse caso, a comparação com Romário poderia ser mais correta). Saiu como o vilão da história.

Mas algumas coisas indicam que pode não ter sido bem assim. Bill Simmons fez um artigo entitulado "Manny being manipulated" no qual indica uma série de considerações que mostram que ele pode não ser esse vilão que foi desenhado. O principal fato é que Manny contratou um novo agente nesse ano (Scott Boras, que parece não ter uma boa reputação em termos de "escrúpulos" na hora de ganhar dinheiro com as comissões dos contratos milionários de seus jogadores). E nesse ano vencia seu contrato com os Red Sox, que tinham a opção de prolongá-lo de forma automática por mais 2 anos (20 milhões de dólares por ano). Se isso acontecesse, a comissão iria para os antigos agentes de Manny, que haviam fechado esse acordo, enquanto Boras não receberia NADA. Além disso, a direção do time usou alguns atos eventualmente duvidosos por parte do jogador (corpo mole, mau companheirismo) para justificar a necessidade de deixá-partir, mas não aplicou nenhuma punição (multa, suspensão, etc). Por que? Porque eram as mesmas coisas que Manny costuma fazer o tempo todo, desde que foi contratado em 2001.

Boras também é agente de outras estrelas dos Red Sox (Jason Varitek, JD Drew e Daisuke Matsuzaka). Foi o responsável pela vinda de JD Drew, dos Dodgers para Boston em 2006. Ou seja, é possível que os donos do Red Sox não tenham achado uma boa idéia "brigar" com Boras, que já havia ajudado o time antes e que poderia prejudicá-lo no futuro. Possível complô para transfeir a responsabilidade apenas para o lado mais fraco?

É verdade que devemos ler o artigo considerando que Simmons é fanático pelos Red Sox e que, conforme ele mesmo escreveu, está tentando não acreditar que Manny possa ter forçado a saída de forma premeditada. Provavelmente eu faria a mesma coisa se houvesse caso parecido entre o São Paulo e o Rogério Ceni, assim como os palmeirenses num eventual caso Marcos/Palmeias. É verdade também que os números de Manny depois da transferência melhoraram sensivelmente: em 100 jogos pelo Boston, bateu 20 HR's e 68 RBI, rebatendo 29,9%. Em praticamente a metade disso (53 jogos) pelos Dodgers, seus números foram: 17 HR's e 53 RBI's, com aproveitamento de 39,6% no bastão - grande melhora não? A teria do corpo mole ganha força, não? Mas vale dizer que os números de antes da transferência era MUITO bons e, mantendo a média, se aproximariam dos números das temporadas anteriores. Isso e as muitas informações e fatos do artigo fazem pensar que Manny pode realmente ter sido manipulado por uma (Boras) ou mesmo pelas duas partes (Boras e Red Sox).

Fato é que a questão dos agentes/empresários nos esportes afetando decidões de atletas e futuro de equipes é cada vez mais presente. Podemos pensar no histórico da dupla Robinho/Wagner Ribeiro, por exemplo, lembrando das saídas tumultuadas do Santos e agora do Real Madri. Acho que a analogia perfeita é essa: imaginem Garrincha nos tempos atuai tendo Wagner Ribeiro como representante - o que poderia acontecer? Na minha opinião, sendo Romário ou Garrincha, pensaria MUITO antes de abrir mão de jogadores como eles no meu time, mas atualmente, infelizmente, a corrida pelo dinheiro e a presença de "profissionais" com cada vez mais influência nos jogadores tem falado mais alto.

Os Red Sox foram "assombrados" com a teoria da maldição do Babe Ruth após a sua venda para os Yankees em 1919 - ficaram sem títulos por 86 anos. Agora, deixam Manny Ramirez partir e não será surpresa se ele aparecer em NY no ano que vem (o contrato que ele fez com os Dodgers só vai até o final dessa temporada). Nova maldição? Apesar de não acreditar nessa história de maldição - afinal a melhor coisa que aconteceu para Babe Ruth foi ele ter ido para os Yankees, onde se transformou num dos maiores jogadores de todos os tempos, logo, o que o faria querer assombrar o time Boston? - as coincidências fazem pensar. E a tal nova assombração pode chegar mesmo antes dessa possível transferência de manny para os Yankees.

Manny teve atuação excelente na série dos Dodgers frente aos Cubs na NLDS (aproveitamento de 50% no bastão, 2 HR's e 3 RBI), sem falar na participação decisiva na sequência que que definiu o jogo 1 (e talvez a série): no 5th inning, o jogo estava 2-0 para os Cubs. Manny no bastão, com 2 strikes, 0 balls, 2 jogadores ocupando bases e 2 jogadores eliminados. Passou a defender a zona do strike como faz um maestria e conseguiu um walk, enchendo as bases. Na sequência, James Loney bateu um Grand Slam Home Run, virando o placar para 4-2. Tivesse Manny sido eliminado, a história do jogo e da série poderia ter sido outra.

Manny e os Dodgers estão na NLCS e podem chegar a World Series enfrentando exatamente... o Boston Red Sox! Como escrevi nos posts anteriores, ainda acho que os Tampa Bay Rays vencem a AL, mas que seria sensacional poder ver o que aconteceria nos jogos de Manny no Fenway Park CONTRA os Red Sox, ah, seria!

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It DID NOT Happen... again!

"It's Gonna Happen.". Esse era o slogan extra-oficial do Chicago Cubs durante este ano. No meu último post de previsão sobre os playoffs da MLB fiz a previsão de que os Cubs passariam com certa facilidade pelos Los Angeles Dodgers, já que chegavam com a melhor campanha da National League (97-65), enquanto o time de LA se classificou com uma campanha com apensas 52% de vitórias (84-78). E aconteceu exatamente o contrário: ontem à noite os Dodgers fecharam a série em casa por 3x0, após terem vencido os dois primeiros jogos no Wrigley Field em Chicago. E querem saber? Foi fácil!

(Antes que comecem a dizer que não acerto uma, até agora Red Sox (2-0), Rays (2-0) e Phillies (2-1) vão vencendo suas séries, conforme eu havia previsto.)

Somando os 3 jogos o placar total foi 20-6. Os ditos melhores jogadores dos Cubs foram um desastre: Alfonso Soriano terminou as séries com 1-14 no bastão. Aramis Ramirez, 2-11. Geovany Soto, 2-10. Sem falar os inúmeros erros, walks e falta de constância dos arremessadores.

Impressionante o que acontece com os Cubs nos playoffs. Pelos segundo ano seguido, foram varridos dos playoffs (perda da série sem nenhuma vitória). Somando a aparição de 2003, são 9 derrotas seguidas em partidas da pós-temporada.

E a fila continua... desde 1908 sem títulos. Eu não imaginava que eles venceriam nesse ano também, mas achava que tinham uma boa chance de chegar a World Series. Enquanto isso, os Dodgers, com a campanha medíocre na temporada regular, estão revigorados pela presença de Manny Ramirez (escrevo mais sobre ele no próximo post). Há pouco mais de um mês, tinham menos vitórias do que derrotas e atravessavam uma fase de 8 derrotas seguidas. Hoje? A caminho da World Series... e com uma chance razoável de ser contra os Red Sox, o que significa 2, 3 ou até 4 jogos de Manny Ramirez no Fenway Park.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

PLAYOFFS DA MAJOR LEAGUE BASEBALL

Outubro é sinônimo de Playoffs da MLB (pelo menos para os americanos e aqueles que acompanham o baseball). Neste ano, uma novidade: pela primeira vez em muito tempo os New York Yankees não conseguiram uma vaga, o que deveria me deixar muito feliz, já que meu sentimento pelos Yankees é bem parecido com aquele que tenho pelo Corinthians. Mas confesso que acho que os playoffs perdem um pouco a graça sem o time do Bronx. É muito mais divertido poder mandar torpedos para meu amigo Vitor Ohtsuki (torcedor fanático dos Yankees)após uma eliminação nos playoffs. Vocês não têm idéia de como eu me diverti em 2004 quando os Red Sox fez aquela virada na ALCS (American League Championship Series), saindo de 0-3 para 4-3 e ganhando a World Series após 86 anos. E isso considerando que nem torcedor dos Red Sox eu sou, sou torcedor do Cleveland Indians - mas é melhor não começar com esse assunto, se bem que no ano passado o prazer de ver os Indians eliminando os Yankees na ALDS (American League Divisional Series) foi impagável.

Mas vamos esquecer os Yankees. Entre os classificados nesse ano, temos, na AL: Boston Red Sox (95-67), Tampa Bay Rays (97-65), Los Angeles Angels(100-62) e Chicago White Sox (89-74). Os Angels venceram 100 jogos,melhor campanha de toda a MLB, mas numa divisão muito fraca. Os White Sox se classificaram no sufoco, tendo que jogar uma partida tudo ou nada na última segunda-feira contra o Detroit Tigers, precisando vencer para empatar com o Minnesota Twins na liderança da AL Central e forçar o jogo extra nesta terça-feira, quando venceram por um magro 1x0. Tampa Bay e Boston travaram uma batalha incrível pela liderança da fortíssima AL East, mas os Rays não chegaram a deixar a liderança em nenhum momento, conseguindo vencer duas séries contra os Red Sox em setembro, uma em casa e outra fora.

Na National League, temos Chicago Cubs (97-64), Philadelphia Pillies (92-70), Milwaukee Breewers (90-72) e Los Angeles Dodgers (84-78). Os Dodgers, que agora contam com Manny Ramirez, adquirido durante a temporada junto ao Boston Red Sox, conseguiram se classificar com uma campanha de 84 vitórias em 162 jogos (aproveitamento de 52%). E na liga mais fraca. Para se ter uma idéia, se estivessem na AL East, ficariam em 5º lugar, atrás do Toronto Blue Jays (4º lugar da divisão com 86 vitórias). Os Phillies conseguiram mais uma vez ultrapassar os Mets na reta final da temporada e venceram a NL East. E os Breewers entraram como Wild Card.

Pensando em prognósticos, pode acontecer muita coisa. Observando os palpites dos “experts” da ESPN.com, vemos que na verdade TUDO pode acontecer. Para a World Series, os executivos das TV’s e os patrocinadores fariam qualquer coisa para ter uma série entre Chicago Cubs e Boston Red Sox - a audiência seria recorde, considerando a popularidade do Red Sox e a história dos Cubs que nesse ano completam 100 (isso mesmo – CEM!) anos de fila sem títulos. Seria legal também uma série entre Red Sox e Dodgers, com todo o foco no Manny Ramirez (que iria continuar achando que estaria jogando amistosos sem valor) e também no Joe Torre, Manager dos Dodgers após muitos anos de Yankees. E por que não uma série entre Chicago Cubs e Chicago White Sox, num ano em que um Senador negro de Illinois pode se tornar presidente?

Há alguns anos (acho que em 2002), eu e mais alguns amigos do Bolão NBA resolvemos fazer um bolão dos playoffs da MLB. Demos nosos palpites para as Divisional Series e, por coincidência, todos apostaram nos mesmos times, mas com diferentes placares das séries. TODOS erraram TODOS os palpites. Cancelamos o bolão imediatamente. Mesmo com esse histórico, como palpiteiro de plantão e agora blogueiro, não posso deixar de dar os meus palpites pra esse ano. Quem quiser, fique à vontade para palpitar nos comentários:

ALDS:

Red Sox 3x1 Angels – Os Red Sox varreram os Angels nos playoffs do ano passado. E não estou convencido da campanha dos Angels numa divisão tão fraca.

White Sox 0x3 Rays – Depois que tiraram o “Devil” do nome, boas coisas começaram a acontecer para o time de Tampa. Coincidência? Provável que sim, mas com muita competência.

NLDS:

Brewers 1x3 Phillies – CC Sabathia têm começado muitos jogos com pouco descanso. Foi assim que os Indians colapsaram no ano passado na ALCS contra os Red Sox. E acho que vai ser assim que os Breewers vão morrer na praia, no jogo 4.

Cubs 3x0 Dodgers – Tradição não vai faltar, mas os Cubs têm a melhor rotação de arremessadores e o melhor Bull Pen.

ALCS:

Rays 4 x 3 Red Sox – A condição física do Josh Becket ainda preocupa. E a constância dos Rays ao longo do ano me deixou bastante impressionado. Muitos analistas mantém a teoria que, na hora que realmente interessa, a inexperiência do time de Tampa vai falar mais alto. Não me convenci disso – vamos ver.

NLCS:

Cubs 4x2 Phillies – Não consigo imaginar Philadelphia na World Series.

World Series:

Rays 4 x 2 Cubs – Lamento, fãs dos Cubs, mais um ano na fila. Não é por que os Red Sox deixaram a fila de 86 anos em 2004 e os White Sox deixaram a fila de 88 anos em 2005 que virou festa. E esse time dos Rays está me cheirando algo parecido com o time do Florida Marlins de 1997.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ANÁLISE DO QUADRO DE MEDALHAS

Para (finalmente!) finalizar os posts sobre os Jogos Olímpicos de Pequim, gostaria de fazer algumas observações sobre a questão do quadro de medalhas. O fato é que oficialmente, não existe uma competição entre países definida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) – nunca houve declaração de que “o país campeão dos Jogos Olímpicos é: _____”. Porém, todos costumam apresentar o quadro de medalhas como se fosse uma classificação dos jogos, o que os países levam muito a sério. Vejam o caso da China: fez um mega investimento nos atletas para, em casa, conquistar mais medalhas de ouro do que os Estados Unidos, missão cumprida com folgas (51x36).

Porém, nem sempre o critério “maior número de medalhas de ouro” é o critério considerado. Os próprios americanos (possivelmente por conveniência) utilizam o critério de maior número de medalhas conquistadas, o que os colocariam à frente dos chineses nos jogos de 2008 (110x100).

Qual é o melhor critério (por melhor, entende-se mais justo e que realmente indica qual país tem o melhor desempenho esportivo)? A discussão é complicada e dificilmente se chega a alguma conclusão. Levando em conta o caso de considerar o maior número de medalhas, podemos utilizar um exemplo extremo de que um país que conquiste 20 medalhas de bronze possa ser colocado à frente de um país que tenha conquistado 19 medalhas de ouro. Justo? Óbvio que não! Por outro lado, lembremos das Olimpíadas de Sidney, quando o Brasil terminou no quadro de medalhas com 6 medalhas de ouro e 6 medalhas de bronze, ficando atrás (no critério de maior número de ouros) de Moçambique, Colômbia e Camarões, que tiveram uma única medalha de ouro cada. Também é óbvio que o desempenho do Brasil foi melhor.

Meu amigo Balu (ele de novo!) fez uma análise bem completa e detalhada - RECOMENDO A LEITURA! - de diversos critérios sugeridos mundo afora. Há sugestões até de medalhas em relação ao PIB, área ou população de cada país – tudo para relativizar e tentar equilibrar as desigualdades das diferentes grandezas. Apesar de interessantes para determinadas análises, não os considero relevantes do ponto de vista esportivo – onde o que interessa é realmente quem tem mais conquistas. Dos critérios que mexem com o número de medalhas, destaco 2 possibilidades:

1) Dar pesos diferentes para as medalhas poderia ser uma saída – como peso 5 para as medalhas de ouro, 2 para as de prata e 1 para as de bronze. Só seria necessário tentar definir (se é que isso é possível) quantas pratas equivalem a um ouro e quantos bronzes equivalem a uma prata ou a um ouro. Os pesos 5, 2 e 1, respectivamente, parecem bem razoáveis,talvez podendo ser 7, 2 e 1 - acho importante valorizar os campeões olímpicos.

2) Considerar o total de atletas medalhistas. Nesse caso, os Estados Unidos levaram vantagem em Pequim, com 125 atletas dourados contra 74 da China. Essa idéia valoriza com certa justiça as modalidades coletivas. Exemplificando: o Brasil teve 1 medalha de ouro computada para o César Cielo, que para conquistá-la (de forma mais do que brilhante, emocionante e merecida, é bom frisar), precisou nadar uma eliminatória, uma semifinal e a final. Já o Vôlei Feminino, que também teve computada UMA medalha de ouro, precisou de 12 atletas disputando 8 jogos ao longo da competição. Temos 2 campeões olímpicos? É verdade que comparar regras e formas de disputa de modalidades diferentes é complicado, mas, no meu modo de ver, são 13 campeões olímpicos. Outro exemplo: Michael Phelps teria 8 ouros para si, mas os Estados Unidos teriam computados 14 ouros, considerando os 2 revezamentos. Aí me perguntam: pô, mas só no futebol seriam 18? Já disse antes que, na minha opinião, futebol não combina com Olimpíadas, e espero que a FIFA decida retirar a modalidade dos jogos.

O que eu não gosto é utilizar, para as Olimpíadas, o critério que competições universitárias utilizam, no qual cada modalidade tem o mesmo peso. Nesse caso, o Atletismo, com todas as suas 47 medalhas de ouro, seria considerado equivalente ao basquete, por exemplo, com apenas 2. Aí já seria socializar demais a coisa e mascarar a realidade. Vejam esse modelo elaborado no UOL Tablóide. Imagino meus pais tentando interpretar e acompanhar esse raciocínio.

Concluindo, num mundo perfeito, entendo que poderíamos ter um misto de critérios: peso para cada tipo de medalha, mas considerando o número de atletas de cada conquista. Mas a compreensão por boa parte da população (sem preconceito) não seria das mais fáceis. Isso seria um problema? Talvez... o povo brasileiro já tem que conviver com um sistema eleitoral para o legislativo que é muito mais complicado. Então, por que não?

Enquanto isso, entendo que o principal é que cada país faça uma análise criteriosa do seu desempenho, ao contrário do que fez o Sr. Carlos Arthur Nuzman. Que interpretou o resultado brasileiro cada hora com um critério diferente para tentar justificar um discutível sucesso nos jogos. Usou o critério total de medalhas para indicar que o Brasil ficou em 17º, com 15 medalhas, mas usou o critério maios número de ouros para dizer que ficamos na fente de Cuba (3 ouros contra 2 dos cubanos, mas 15 medalhas contra 24 dos cubanos na soma total), entre outras distorções. Beira ao ridículo.

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