Não passaram no corte, mas certamente marcaram história nos últimos 10 anos: Shaquile O’Neal (basquete), Rafael Nadal (tênis), Tom Brady (Futebol Americano), Albert Pujols, Manny Ramirez, Derek Jeter, Alex Rodriguez e Randy Johnson (baseball), Ian Thorpe e Pieter Van Den Hoogenband (natação) e Phil Mickelson (golfe). Melhor não tentar aplicar um exame anti-doping em parte dessa lista...
E entre as mulheres: Serena Williams (tênis), Yalena Isinbayeva (atletismo - salto com vara), Lisa Leslie (basquete), Dara Torres (natação) e, obviamente, Francesca Piccinini (vôlei).
Mas os nomes as seguir estão acima de todo o resto:
Segundo meu amigo Balu, o especialista quando o assunto é atletismo, uma das 3 maiores máquinas de correr que o mundo já conheceu. Recordista mundial, bicampeão olímpico e tetracampeão mundial dos 10.000m, recordista mundial, atual campeão olímpico e mundial dos 5.000m. Fiz questão de vê-lo correndo os 10.000m em Pequim e ele não decepcionou.
9. Tim Duncan
Apesar da falta de carisma e de jogadas de efeito, estamos falando do melhor Power Forward da história da NBA, que já ganhou 2 títulos de MVP (2002 e 2003), comandou 3 elencos diferentes dos Spurs a 4 títulos e foi o MVP das finais de 1999, 2003 e 2005 (no título de 2007 o MVP das finais foi Tony Parker). Um dos jogadores mais inteligentes e eficientes da história do basquete.
Considero um dos dois melhores jogadores do futebol mundial dos últimos 20 anos, junto com Ronaldo. Infelizmente (ou felizmente para nós, brasileiros) estava machucado na Copa de 2002 e pouco pode ajudar no fracasso francês (eliminação na primeira fase). Mas em 2006 voltou da aposentadoria para levar a França a mais uma final e poderia até ter conquistado o título se tivesse mantido a cabeça no lugar (literalmente). Melhor jogador do mundo pela FIFA em 1998, 2000 e 2003, comandou a França na conquista da Eurocopa de 2000 e o Real Madri na conquista da Champions League e Mundial de Clubes de 2002.
Fiquei muito tempo em dúvida ao tentar escolher um jogador da NFL. Tom Brady comandou os Patriots a 3 títulos do Super Bowl, foi o MVP da liga em 2007, numa temporada espetacular (mas sem o título) e ainda se casou com a Gisele Bundchen! De outro lado, Peyton Manning conquistou 3 prêmios de MVP (2003, 2004 e 2008) e o título de Super Bowl XLI. Mas a minha dúvida acabou ao analisar a temporada atual de Peyton Manning, que está a caminho de seu quarto título de MVP: sua capacidade de comandar o ataque dos Colts é impressionante e fica mais evidente agora que Tony Dungy não é mais o técnico. É o responsável direto pela campanha até agora invicta do time (14-0 e contando) e é o jogador que qualquer um gostaria de ter no time no último quarto, estando na frente ou atrás no placar. Não consigo me lembrar da última vez em que ele perdeu um jogo transmitido pela TV em horário nobre (Sunday Night ou Monday Night) e é o único cara da NFL, talvez desde Joe Montana, a representar tamanha capacidade de decisão para virar um jogo, que faz com que todos os times fiquem apavorados ao saberem que ele pode ter a bola nas mãos nos momentos decisivos de uma partida (escrevi sobre isso após o jogo contra os Patriots). Estamos falando de um dos 5 maiores quarterbacks de todos os tempos e acredito que ainda teremos grandes atuações suas no próximo mês de janeiro.
O homem mais rápido da história, fez o que fez em Pequim e ainda repetiu a dose no mundial desse ano em Berlim, vencendo os 100m e os 200m, ambos com recorde mundial. Um monstro.
Durante 99% da década (de 01 de janeiro de 2000 a 26 de novembro de 2009) foi o maior ídolo do esporte norte-americano. Um golfista! Que conseguiu popularizar o golfe! 12 de seus 14 títulos em Majors (os Grand Slam’s do golfe) foram nessa década e está a 4 de igualar o recorde de Jack Nicklaus. Um dos maiores atletas de sua geração e um dos mais dominantes. Após 26 de novembro... bom, melhor deixar seu escândalo pessoal pra lá.
Uma das histórias mais impressionantes no esporte (recomendo fortemente o livro “It’s Not About The Bike”). Diagnosticado com câncer nos testículos em 1996, aos 25 anos, com metástase no cérebro e nos pulmões, recebeu dos médicos a informação de que teria apenas 20% de chances de sobreviver e, se isso ocorresse, jamais voltaria a ser um atleta. Passou por cirurgia no cérebro para remoção do tumor, outra para remoção de um dos testículos e por pesadas sessões de quimioterapia. Superou o câncer, o que já seria uma vitória maiúscula. E conseguiu voltar a competir, vencendo a principal e mais difícil prova do mundo, o Tour de France, 7 vezes consecutivas (1999 a 2005). Há certa controvérsia quanto à questão do doping no ciclismo e ele nunca deixou de estar nas listas de questionáveis – o tipo de câncer que ele teve não deixa de levantar suspeitas. Mas eu não consigo imaginar que, caso essa tivesse sido realmente a causa, ele voltaria a utilizar substâncias proibidas após tudo o que passou com a doença. E vale lembrar também que seu talento e aptidão física já eram percebidos desde os 16 anos, quando já competia em alto nível como triatleta. Por isso, tenho convicção de que as vitórias do Tour de France foram limpas.
Talvez o jogador que mais polariza opiniões na NBA. Por muito tempo foi tratado como mascarado e fominha. Sempre foi visto como um mau companheiro de time, tendo sido considerado o maior culpado pela saída conturbada de Shaquile O’Neal dos Lakers. Hoje? Sabemos que Shaq já havia saído de maneira conturbada de Orlando e também não saiu em bons termos do Miami Heat e nem do Phoenix Suns. Será que o problema era mesmo Kobe? Após conquistar 3 títulos ao lado de Shaq (2000-2001-2002) e a “separação” ao final de 2004, Kobe passou pela época de vacas magras em Los Angeles e, a partir de 2007, passou a se reinventar como jogador (não dá pra negar a influência de Phil Jackson). Seus últimos 2 anos foram históricos: MVP da liga em 2008, campeão olímpico, como líder da seleção norte-americana, em Pequim, e finalmente campeão da NBA em 2009, sem a sombra de Shaq, sendo eleito MVP das finais e demonstrando o papel de líder e de bom companheiro de time. Como esquecer dos 81 pontos marcados contra o Toronto Raptors em 2006 (para muitos a maior atuação da história do basquete em um jogo, maior mesmo que os 100 pontos de Wilt Chamberlain)? Nessa década, foi eleito para o All NBA First Team 7 vezes (o mesmo número de vezes que foi eleito para o All NBA Defensive Team) e foi o líder em média de pontos em 2006 e 2007. Conhecido por ser um dos maiores “trabalhadores” e um dos jogadores mais competitivos da liga (há histórias de que, durante os Jogos Olímpicos de Pequim, Lebron, D-Wade e Carmelo Anthony perceberam como é que se devia trabalhar para atingir um outro nível, o que mudou seu comportamento desde então), é aquele que possibilita a maior capacidade de comparação com Michael Jordan, não somente pelo comportamento (competitividade e trabalho duro), mas também pela questão técnica. E, por último, é o primeiro jogador que eu escolheria se tivéssemos que montar uma seleção para enfrentar qualquer seleção alienígena que quiser disputar o Planeta Terra em um jogo de basquete.
O melhor jogador de meu esporte favorito deveria ser o número 1 dessa lista, não? Não dessa vez, considerando o que os dois próximos senhores fizeram:
O maior campeão olímpico da história: 14 medalhas de ouro em 2 edições de Jogos Olímpicos, sendo 6 em Atenas 2004 e 8 em Pequim 2008. CQD.
1. Roger Federer
Possivelmente o maior de todos os tempos no tênis. Quinze títulos de Grand Slam (recorde) nessa década. Já escrevi bastante sobre Roger Federer recentemente - as imagens valem mais que qualquer novo texto:
2 comentários:
Lista do Mal! Como nelas nunca coloco boleiro, tiraria o Zizou e colocaria o El Guerrouj dos 1500m.
Senti falta do Michael Schumacher...
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