terça-feira, 8 de dezembro de 2009

É FIM DE JOGO!



Fim de mais um Campeonato Brasileiro. Flamengo Hexacampeão (sim, o título de 1987 é do Flamengo!) com méritos simplesmente porque era o time que vinha jogando melhor ultimamente e teve uma arrancada semelhante a do São Paulo no ano passado: teve que tirar 12 pontos do então lider Palmeiras (ops... um minuto de silêncio... pronto!) e ainda terminou com 5 pontos de vantagem sobre o time da Rua Turiassu. O campeonato foi o mais disputado dos últimos tempos, com 4 times disputando o título matematicamente até a última rodada. Até a metade do segundo tempo dos jogos da última rodada o Flamengo, com os resultados parciais, estava em terceiro lugar. O gol salvador de Ronaldo Angelin iniciou uma festa que só é possível no Maracanã, não podemos negar.


Não é preguiça e nem falta de tempo (ok, talvez um pouco de falta de tempo), mas ao invés de fazer uma longa análise do campeonato e dos principais times, prefiro indicar a análise feita pelo Bola antes da última rodada, com a qual concordo quase que integralmente. Aqui vou me limitar a escrever sobre o campeão e sobre o meu time.

Sobre o Flamengo: se dentro de campo o time criou liga e teve méritos, não deixa de ser curioso que o clube mais devedor do Brasil, que teve renúncia da presidência durante o campeonato, técnico interino que foi se mantendo (como Carlinhos em 1987), algumas crises envolvendo jogadores, contratações mais do que questionáveis que deram mais do que certo: Petkovic, que só veio para saldar uma dívida e se transformou no maior destaque da conquista e Adriano, que quase largou o futebol e acabou campeão e artilheiro, acabasse com o titulo. Não deixa de ser um certo golpe à teoria de que planejamento e organização são fundamentais para um campeonato de pontos corridos. Mas, pensando que o campeão teve 67 pontos (contra 78, 77 e 75 dos últimos 3 títulos do São Paulo), não dá pra negar que a incompetência dos outros não deixou de ser um fator. Evidentemente tivemos decisões de arbitragem e de tribunais que podem ter afetado diretamente o resultado final do campeonato, como o Batata gosta de lembrar sempre, mas é fato que São Paulo, Internacional e Palmeiras tiveram algumas chances de buscar o título, mesmo com essas "interferências", e foram incompetentes em vários momentos decisivos.

Quanto ao São Paulo, se pensarmos que em meados de junho eu e alguns amigos estávamos preocupados com uma possível luta contra o rebaixamento e questionando a contratação de Ricardo Gomes (sem falar que eu estava totalmente inconformado com a demissão do Muricy), a arrancada que o time deu no final do primeiro turno e começo do segundo, quando entrou na briga pelo título, assumiu a liderança na 34ª rodada e se manteve lá até o começo da penúltima, é para ser louvada. Como proprietário de “season tickets” pela primeira vez, estive em praticamente todos os jogos no Morumbi e vou levar comigo a lembrança da arrancada aos gritos de "O Campeão voltou".

Analisando o desempenho propriamente dito, a minha maior conclusão é mais ou menos a mesma que eu já tinha na época da troca de técnico: é tudo questão de execução. Os bons e maus resultados devem ser atribuídos principalmente aos jogadores. No caso do São Paulo, isso é gritante: nos jogos em que Hernanes e Jorge Wagner jogam bem, o São Paulo fatalmente sai com a vitória. Mas eles não tiveram a regularidade dos campeonatos anteriores (mesmo a melhor zaga do Brasil teve seus momentos complicados), o time perdeu alguns jogos que não costumava perder nos últimos anos e o título não veio. O trabalho de Ricardo Gomes foi realmente bom, embora fique aquela pulga atrás da orelha quando pensamos se o time dirigido por Muricy permitiria as viradas que tomou no Serra Dourada e no Engenhão (prefiro pensar que, em compensação, também ganhamos alguns jogos que não costumávamos ganhar). Mas não podemos reclamar, como ficou demonstrado pela festa feita no Morumbi no último jogo (4x0 contra o Sport, com gol do Rogério Ceni e 3 gols do Washignton, para desespero do Batata): a torcida cantou o hino o jogo todo, aplaudiu todos os jogadores e saiu do estádio, se não comemorando o título, satisfeita por termos brigado por ele mais uma vez. Foi sensacional e uma sensação muito boa. É a vantagem de ter acumulado títulos recentes: sabemos que ser tricampeão já era difícil, imagine ser tetra... em algum momento a sequência seria quebrada.

Para o ano que vem, deve haver uma renovação, especialmente no ataque. A saída de André Dias parece inevitável, mas pelo menos Miranda deve continuar. E mais uma vez vamos brigar na Libertadores. E, obviamente, estaremos na briga pelo título brasileiro, resta saber quem será o rival da vez.

Parabéns Flamengo! Valeu Tricolor! Aaaaah Palmeiras...

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