"So understand
Don't waste your time always searching for those wasted years,
Face up...make your stand,
And realize you're living in the golden years."
Wasted Years, Iron Maiden
Em 1985 eu estava com 10 anos, na quarta-série e não sabia quase nada de música, muito menos de rock. Mas foi o ano do primeiro Rock In Rio e assistir a algumas daquelas apresentações, especialmente do Queen, do AC/DC e Iron Maiden, fez algum efeito significativo em mim. No mesmo ano, alguma editora lançou um álbum de figurinhas sobre bandas de rock. Virou uma febre no colégio. Todos os meninos começaram a colecionar (não tenho certeza, mas acho que o nome era "Hot Stamp"). Por alguma coincidência, uma das figurinhas mais difíceis de se conseguir e mais disputada era a primeira figurinha do álbum, a "Número 1". A figurinha em questão era uma foto do vocalista da primeira banda a ser apresentada pelo álbum. A banda? Iron Maiden. O tal vocalista? Bruce Dickinson. Depois de algum tempo acabei conseguindo a "Número 1" e acabei completando o álbum.
Passados alguns anos, em 1992 para ser mais preciso, eu já frequentava shows e o Iron Maiden se apresentaria no Brasil, no Estádio Palestra Itália. Era a chance de conferir a figurinha número 1 ao vivo. Por outra coincidência, acabei viajando para fazer a única coisa que gostava mais, na época, do que ouvir música: jogar basquete. Perdi o show. Mais alguns anos se passaram e Bruce Dickinson saiu da banda para seguir carreira solo e foi substituído por Blaze Bailey. Apesar de ter assistido a 2 shows com o novo vocalista, prefiro encarar essa fase como encaro Rocky V: é melhor fingir que nunca existiu. Felizmente, Bruce voltou. Por diversos motivos, acabei perdendo outros dois shows da banda no Brasil, em 2005 e 2008. Mas dessa vez não perdi.
Depois de 24 anos da "saga da figurinha número 1", finalmente pude assistir ao show da maior banda de Heavy Metal do mundo com o vocalista que fez história (o Paul Di'Anno que me desculpe, mas acho que a Ewing Theory se aplica para o Iron Maiden, assim como para o Van Halen).
Sobre o show, não poderia pedir mais. A turnê Somewhere Back In Time traz apenas clássicos (a música mais "nova" a ser tocada foi "Fear Of The Dark", que já tem quase 20 anos). Obviamente, sempre há aquelas que acabam ficando de fora, como "Heaven Can Wait", "Can I Play With Madness " e "The Clairvoyant" mas faz parte. Como reclamar do set list que traz na sequência "The Trooper" e "Wasted Years", ou "Run To The Hills" e "Fear Of The Dark", ou então "Hellowed Be Thy Name" e "Iron Maiden"? Ou um bis com "The Number Of The Beast", "The Evil That Men Do" e "Sanctuary"? Não dá pra reclamar, muito pelo contrário.
63.000 pessoas - o maior show da carreira do Iron Maiden, com exceção dos festivais.
Valeu a espera.
Só não posso deixar de registrar a indignação com a organização do show. A entrada e a saída eram feitas por apenas 1 portão. O show foi atrasado em 1 hora para que todos pudessem entrar no autódromo de Interlagos e, mesmo assim, começou com muita gente do lado de fora. A chuva que caiu no final da tarde de domingo transformou o gramado num verdadeiro lamaçal. E, após o show, demoramos quase uma hora para sair do local, pelo mesmo único portão de entrada, que nem aberto totalmente estava, graças a um cabo que ficou preso numa estrutura metálica de sinalização. Mais do que lamentável. Será muito difícil imaginar o quão melhor seria se houvessem várias saídas? Dando um exemplo extremo, 90.000 pessoas conseguiam sair totalmente do Ninho de Pássaro em Pequim, sem qualquer tumulto, em poucos minutos. O segredo? Múltiplas vias de acesso e saída. Já reclamamos do estádio do Morumbi com apenas 2 rampas para toda a arquibancada. Ontem passou dos limites.
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Don't waste your time always searching for those wasted years,
Face up...make your stand,
And realize you're living in the golden years."
Wasted Years, Iron Maiden
Em 1985 eu estava com 10 anos, na quarta-série e não sabia quase nada de música, muito menos de rock. Mas foi o ano do primeiro Rock In Rio e assistir a algumas daquelas apresentações, especialmente do Queen, do AC/DC e Iron Maiden, fez algum efeito significativo em mim. No mesmo ano, alguma editora lançou um álbum de figurinhas sobre bandas de rock. Virou uma febre no colégio. Todos os meninos começaram a colecionar (não tenho certeza, mas acho que o nome era "Hot Stamp"). Por alguma coincidência, uma das figurinhas mais difíceis de se conseguir e mais disputada era a primeira figurinha do álbum, a "Número 1". A figurinha em questão era uma foto do vocalista da primeira banda a ser apresentada pelo álbum. A banda? Iron Maiden. O tal vocalista? Bruce Dickinson. Depois de algum tempo acabei conseguindo a "Número 1" e acabei completando o álbum.
Passados alguns anos, em 1992 para ser mais preciso, eu já frequentava shows e o Iron Maiden se apresentaria no Brasil, no Estádio Palestra Itália. Era a chance de conferir a figurinha número 1 ao vivo. Por outra coincidência, acabei viajando para fazer a única coisa que gostava mais, na época, do que ouvir música: jogar basquete. Perdi o show. Mais alguns anos se passaram e Bruce Dickinson saiu da banda para seguir carreira solo e foi substituído por Blaze Bailey. Apesar de ter assistido a 2 shows com o novo vocalista, prefiro encarar essa fase como encaro Rocky V: é melhor fingir que nunca existiu. Felizmente, Bruce voltou. Por diversos motivos, acabei perdendo outros dois shows da banda no Brasil, em 2005 e 2008. Mas dessa vez não perdi.
Depois de 24 anos da "saga da figurinha número 1", finalmente pude assistir ao show da maior banda de Heavy Metal do mundo com o vocalista que fez história (o Paul Di'Anno que me desculpe, mas acho que a Ewing Theory se aplica para o Iron Maiden, assim como para o Van Halen).
Sobre o show, não poderia pedir mais. A turnê Somewhere Back In Time traz apenas clássicos (a música mais "nova" a ser tocada foi "Fear Of The Dark", que já tem quase 20 anos). Obviamente, sempre há aquelas que acabam ficando de fora, como "Heaven Can Wait", "Can I Play With Madness " e "The Clairvoyant" mas faz parte. Como reclamar do set list que traz na sequência "The Trooper" e "Wasted Years", ou "Run To The Hills" e "Fear Of The Dark", ou então "Hellowed Be Thy Name" e "Iron Maiden"? Ou um bis com "The Number Of The Beast", "The Evil That Men Do" e "Sanctuary"? Não dá pra reclamar, muito pelo contrário.
63.000 pessoas - o maior show da carreira do Iron Maiden, com exceção dos festivais.
Valeu a espera.
Só não posso deixar de registrar a indignação com a organização do show. A entrada e a saída eram feitas por apenas 1 portão. O show foi atrasado em 1 hora para que todos pudessem entrar no autódromo de Interlagos e, mesmo assim, começou com muita gente do lado de fora. A chuva que caiu no final da tarde de domingo transformou o gramado num verdadeiro lamaçal. E, após o show, demoramos quase uma hora para sair do local, pelo mesmo único portão de entrada, que nem aberto totalmente estava, graças a um cabo que ficou preso numa estrutura metálica de sinalização. Mais do que lamentável. Será muito difícil imaginar o quão melhor seria se houvessem várias saídas? Dando um exemplo extremo, 90.000 pessoas conseguiam sair totalmente do Ninho de Pássaro em Pequim, sem qualquer tumulto, em poucos minutos. O segredo? Múltiplas vias de acesso e saída. Já reclamamos do estádio do Morumbi com apenas 2 rampas para toda a arquibancada. Ontem passou dos limites.
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