Em nossa passagem por Pequim para os Jogos Olímpicos, dois dos principais momentos não relacionado a esporte foram os almoços (relatei rapidamente aqui e aqui) no Restaurante Alameda, um restaurante de comida brasileira onde pudemos saborear primeiramente um delicioso filé mignon e depois uma excelente feijoada - acreditem, duas das melhores refeições da minha vida, considerando o desespero que era conviver com aquele cheiro de tempero chinês.
O Restaurante Alameda tinha como chef um brasileiro, conhecido como Paraíba. Paraíba, ou Valdenir Augusto de Souza, havia deixado mulher e filho em João Pessoa, em 2005, para assumir o comando do restaurante. Rapidamente ganhou fama, tornou-se sócio e até uma mini-celebridade, aparecendo muito na mídia, especialmente na época dos jogos.
Tivemos o prazer de conhecê-lo já no primeiro almoço (pão-de-queijo, filé mignon e pudim de leite, hmmmm), quando ele tomou a liberdade de se sentar em nossa mesa e bater um papo agradabilíssimo, cercado por um bom vinho (cortesia da casa). De uma forma ao mesmo tempo simples e cheia de orgulho, relatou algumas histórias muito legais, como das vezes que era chamado para cozinhar para o Presidente Lula quando este visitava a capital chinesa e quando recebeu a visita de Kobe Bryant. Sua simplicidade nos fez simpatizar com ele de imediato. No mesmo dia ainda pagou diversas cervejas para o Fabrício e a Paty contando mais uma série de histórias. Deu até o número do celular pessoal, que foi muito útil para conseguirmos uma mesa para a concorrida feijoada do sábado, dessa fez com toda a galera Tonachina. O Paraíba nos encaixou numa mesa grande (15 pessoas) que estava reservada para o pessoal da Globo, que apareceria mais tarde. Apesar de apenas pouco mais de meia-hora de contato, conhecê-lo foi um dos pontos altos da viagem e uma história para se contar pro resto da vida.
Pois no início da semana o mesmo Fabrício nos enviou esta notícia, que informava que o Paraíba sofrera um acidente de moto em Pequim e não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer. Ainda estou meio chocado... é mais um daqueles momentos nos quais as coisas que acontecem parecem não fazer sentido. Mesmo com um contato tão pequeno, o cara nos conquistou, assim como conquistou um lugar de destaque em seu ramo de atividade, mesmo estando muito longe de casa, da família e, pior, em um país totalmente estranho, de outra cultura e de uma língua dificílima (a qual ele aprendeu a falar). Uma história de sucesso, mas que infelizmente durou pouco. Que tenha o descanso merecido, com muita paz.
O Restaurante Alameda tinha como chef um brasileiro, conhecido como Paraíba. Paraíba, ou Valdenir Augusto de Souza, havia deixado mulher e filho em João Pessoa, em 2005, para assumir o comando do restaurante. Rapidamente ganhou fama, tornou-se sócio e até uma mini-celebridade, aparecendo muito na mídia, especialmente na época dos jogos.
Tivemos o prazer de conhecê-lo já no primeiro almoço (pão-de-queijo, filé mignon e pudim de leite, hmmmm), quando ele tomou a liberdade de se sentar em nossa mesa e bater um papo agradabilíssimo, cercado por um bom vinho (cortesia da casa). De uma forma ao mesmo tempo simples e cheia de orgulho, relatou algumas histórias muito legais, como das vezes que era chamado para cozinhar para o Presidente Lula quando este visitava a capital chinesa e quando recebeu a visita de Kobe Bryant. Sua simplicidade nos fez simpatizar com ele de imediato. No mesmo dia ainda pagou diversas cervejas para o Fabrício e a Paty contando mais uma série de histórias. Deu até o número do celular pessoal, que foi muito útil para conseguirmos uma mesa para a concorrida feijoada do sábado, dessa fez com toda a galera Tonachina. O Paraíba nos encaixou numa mesa grande (15 pessoas) que estava reservada para o pessoal da Globo, que apareceria mais tarde. Apesar de apenas pouco mais de meia-hora de contato, conhecê-lo foi um dos pontos altos da viagem e uma história para se contar pro resto da vida.
Pois no início da semana o mesmo Fabrício nos enviou esta notícia, que informava que o Paraíba sofrera um acidente de moto em Pequim e não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer. Ainda estou meio chocado... é mais um daqueles momentos nos quais as coisas que acontecem parecem não fazer sentido. Mesmo com um contato tão pequeno, o cara nos conquistou, assim como conquistou um lugar de destaque em seu ramo de atividade, mesmo estando muito longe de casa, da família e, pior, em um país totalmente estranho, de outra cultura e de uma língua dificílima (a qual ele aprendeu a falar). Uma história de sucesso, mas que infelizmente durou pouco. Que tenha o descanso merecido, com muita paz.
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