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Naquela altura, após 2 sets nos quais Federer jogou bocejando e venceu facilmente, cerca de 50% (ou mais) dos presentes na quadra central de Flushing Meadows já havia ido embora e o sueco parecia entregue. Mas começou a encaixar os golpes, foi perdendo o medo e conseguiu uma boa disputa no terceiro set. A torcida que restava, provavelmente composta pelos aficionados e não pelos que estavam lá por ter ganho ingressos de presentes da empresa ou de algum parceiro comercial, percebendo a chance de ter um prolongamento do jogo (os dois primeiros sets duraram menos de 1 hora) passou a incentivar o sueco, que deu para todos o que queríamos: mais jogo.
E, com a saída de mais da metade do público, tivemos a chance de nos deslocarmos para o courtside e assistirmos o quarto set a 3 fileiras da quadra. Nosso lugar original, o upper promenade, é, digamos, meio longe e, apesar de possibilitar a visão completa da quadra e dos lances, não dá o gostinho de vermos realmente os jogadores como todos querem ver. Vendo o jogo ao lado da quadra, a história é outra: é possível peceber a velocidade, a precisão dos golpes e, acima de tudo, a habilidade do Federer. Já virou clichê dizer que ele faz parecer fácil jogar tênis. Vendo isso a poucos metros de distância, a confirmação desse clichê é imediata, com um bônus de sentir a real velocidade, força e precisão dos golpes, sendo que ele realmente parece estar fazendo o menor esforço possível. É impressionante! A reação do Soderling após algumas bolas “impossíveis” é o melhor resumo do que é jogar contra Federer: um sorriso que parecia dizer “pô, tô aqui fazendo o melhor que posso e nem isso é suficiente! Não importa o que eu fizer, o cara continua tirando golpe atrás de golpe!”
Para melhorar, como o Soderling também ganhou confiança, o quarto set foi um jogaço, assim como o terceiro, com os dois jogadores descendo o braço - em algumas trocas de bola se viam 5, 6 golpes passando a poucos milímetros da fita da rede e/ou da linha, a torcida criando um clima de Copa Davis para incentivar os jogadores e o sistema de som do estádio nos intervalos conseguindo contagiar ainda mais (fomos flagrados no telão em certo momento dançando ao som de “Sweet Caroline”). E funcionou - Federer nem esperava o silêncio da torcida para sacar. Tivemos a honra de ver o melhor do mundo (e provavelmente o melhor de todos os tempos) ali na nossa frente, fazendo o que faz de melhor, da melhor forma possível.
Foi uma experiência para ser guardada. Na volta para o hotel (longo caminho de metrô), dizíamos que daqui muitos anos, quando estivermos viajando por alguma outra competição esportiva pelo mundo, ainda vamos falar da noite que passou.
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E foi só a nossa primeira noite no US Open...
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E sobre o restante do dia:
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Depois desse jogo assistimos ao jogo da sensação Melanie Oudim, a americana de 17 anos que vinha fazendo história. Graças a algumas senhoras bem chatas que estavam sentadas na nossa frente, acabamos torcendo mais pela dinamarquesa Caroline Wozniacki, afinal, a americana havia nos tirado a chance de ver a Maria Sharapova... então, automaticamente não merecia a nossa torcida.
O público do dia é bem diferente do público da noite. Durante o dia, há muito pessoal mais velho, provavelmente aposentados, e a empolgação não é tão grande, apesar de que os turistas conseguem deixar um clima legal. À noite o pessoal já é mais ligado na competição e o nível muda, como aconteceu no jogo do Federer.
Nessa quinta teremos as outras duas quartas-de-final masculinas: Juan Martin Del Potro x Marin Cilic e Rafael Nadal x Fernando Gonzalez.
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6 comentários:
ANIMALLLLL!! Foi só a Val falar que o Soderling tava tranquilo que ele resolveu dificultar. Eu tava caindo de sono, mas assisti até o fim.
Bjos!! :)
Do mal!!
Viu o Djoco com o Courier?
Balu
Tomara que hoje o tempo colabore e finalmente o Nadal acabe logo com o Gonzalez.
E ainda tem Federer x Novak!!! :)
Fantástico!!! Aproveitem, manda um beijo pras meninas!
Abraço!
São Pedro tá de rosca hein... Pelo menos vcs viram o Nadal terminar a partida hoje com o Gonzalez.
aeee! O principal objetivo da minha defesa do Nadal frente ao Federer é para as pessoas dizerem que o Federer é "PROVAVELMENTE o melhor de todos os tempos" e não um "DEUS do esporte".
hahahaha
abraçoneca
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