Ao invés de escrever um daqueles textos longos e chatos vou tentar um texto longo (não consigo resistir), mas não tão chato de ler. Resolvi montar um ranking das 32 seleções da Copa, divididas em categorias, incluindo alguns comentários pertinentes. Algumas categorias são auto-explicativas. Sem mais delongas...
Categoria 1: Felizes por estarem lá.
32. Coréia do Norte
31. Nova Zelândia
Ficarei surpreso se fizerem pontos ou mesmo gols...
Categoria 2: Graças a Deus que são 32 vagas...
30. Grécia
29. Honduras
28. Suíça
27. Argélia (ou França B).
Categoria 3: Qual a diferença? Não me importa e, na dúvida, aposto contra
26. Eslovênia
25. Eslováquia
Categoria 4: Será que rola ganhar um jogo?
24. Austrália
23. Coréia do Sul
22. Japão
21. Sérvia
20. África do Sul – caiu no grupo mais complicado e corre o risco de ser o primeiro país sede a não passar da primeira fase de uma Copa do Mundo. Contra si tem o fato de que Carlos Alberto Parreira, chegando para sua sexta Copa, nunca ganhou um único jogo nas 3 Copas em que esteve dirigindo seleções que não a Brasileira. A favor, o clima de “Invictus” que se mostrou no país ultimamente. O Batata chegou a perguntar se poderíamos ter algum risco de ter uma repetição da história contada no filme (com a seleção de Rugby). Obviamente a chance de título é nula, mas passar para as oitavas-de-final, num grupo com França, Uruguai e México, já poderá ser um feito histórico.
Categoria 5: Graças a Deus pelo grupo fácil
19. Chile
Categoria 6: Eternas incógnitas
18. Dinamarca
17. Paraguai
16. Uruguai
15. México
14. Estados Unidos – meu candidato a surpresa da Copa. Achei que causaria espanto e indignação aos outros ao colocar o Team USA na semifinal da Copa em um dos meus bolões. Bobagem. Muita gente fez o mesmo.
13. Portugal - se complica no provável cruzamento com a Espanha nas oitavas-de-final. Mas nos oferece essa pérola.
Categoria 7: Estamos em casa (África), vamos pro rabisco.
Categoria 7: Estamos em casa (África), vamos pro rabisco.
12. Gana
11. Camarões
10. Costa do Marfim (Drogba operou o braço a 5 dias e já está treinando!)
9. Nigéria
As categorias 6 e 7 poderiam ser fundidas em uma única, que eu chamaria de “candidatos a zebra da Copa” (nesse caso a ordem de 9 a 18 sofreria algumas mudanças). Acredito que um desses podem chegar nas semifinais. Nos bolões que preenchi, escolhi os Estados Unidos em um deles e a Nigéria no outro.
Categoria 8: Tradição importa
8. Alemanha
7. França
6. Itália
Não acredito nem na Alemanha (várias contusões importantes) e nem na França. A Itália é aquela coisa de sempre. Mas na hora que o bicho pega, camisa pesa muito. Basta lembrar que, se olharmos as últimas 10 finais de Copa do Mundo, as 20 vagas foram ocupadas por apenas 6 seleções: Alemanha (6 vezes), Brasil (4), Itália (4), Argentina (3), Holanda (2) e França (2, sendo 2 nas últimas 3 copas). Apesar de não acreditar, não me surpreenderá nem um pouco se uma delas chegar longe.
Categoria 9: Candidatos
5. Argentina: Resta saber se Maradona finalmente entendeu que nessa Copa não importa que ele é o segundo maior jogador da história, mas sim o técnico do time. Um baita time do meio pra frente e fraco na defesa. E não se brinca com o time que tem o melhor jogador do mundo.
4. Holanda: Um dos dois times que está jogando o futebol mais bonito do mundo nos últimos 4 anos (volto ao outro daqui a pouco). Não se sabe como será a recuperação de Robben, que parece que vai conseguir o improvável e se recuperar de uma ruptura de tendão em impressionantes 12 dias.
Categoria 10: Os favoritos
3. Inglaterra: no papel, meu time favorito. Minha escolha para campeão em 2 dos 3 bolões que preenchi. Sou MUITO fã de Steven Gerrard e de Wayne Rooney. E sempre fui muito fã também de David Beckham (o considero um baita jogador, às vezes subestimado pelo fator marketing que o envolve). Seria a coroação da Ewing Theory se o English Team finalmente conseguisse o título sem a maior estrela esportiva do país dos últimos, sei lá, 20 anos. Em um dos meus bolões coloquei a Inglaterra vencendo a Itália na final. Não seria, digamos, curioso, irônico, ver a Itália perder uma Copa para outra seleção dirigida por um técnico italiano?
2. Brasil: talvez eu precisaria de um texto a parte para falar de nossa seleção, mas tentado resumir o que penso: muito se fala e se compara a seleção de 2010 com a seleção de 1994, principalmente pelo fato de que o capitão daquele time é o técnico do atual. O Bola fez uma análise muito boa. Mas eu faço uma comparação com o time de 2002. Naquele ano, Felipão fechou um grupo com seus homens de confiança. Deixou Romário de fora, “peitando” toda a torcida e toda a mídia e levou Luisão e Edilson, que ajudaram nos últimos dois jogos das eliminatórias. Até tinha a intenção de montar um time mais equilibrado com dois meias (Rivaldo e Juninho), mas durante a Copa Juninho perdeu a vaga no time para Kléberson e o time foi com 3 volantes (Edmilson, Gilberto Silva e Kléberson), umas zaga impecável (Lúcio e Roque Junior), laterais no auge de sua forma (Cafu e Roberto Carlos) e um trio fantástico na frente (Rivaldo, Ronaldinho e Ronaldo). Dessa vez? Dunga também fechou com seus homens de confiança – e que o ajudaram a ganhar tudo o que disputou nos últimos 3 anos, é bom que se diga - e vejo uma armação muito parecido do time: um baita goleiro, um lateral voando (Maicón), uma zaga mais do que segura (o mesmo Lúcio, agora junto com Juan), os 3 volantes (Gilberto Silva, Felipe Melo e Elano, sendo que acho que este último é muito mais criticado do que merece) e os três homens de frente (Kaká, Robinho e Luis Fabiano). A incógnita é a lateral esquerda, onde Michel Bastos assumiu a posição, mesmo sendo um meia direita em seu time. Tirando isso, na minha opinião, a semelhança é imensa. E acho que Daniel Alves termina a Copa como titular.
É verdade que, ao pensarmos que o reserva de Kaká é Júlio Baptista, temos calafrios, ainda mais com o histórico recente de contusões do camisa 10. Mas estamos falando em 7 jogos. Também tínhamos calafrios ao cogitar se Romário, em 1994, ou Ronaldo, em 2002, se machucassem. E consigo ver ponto positivo até na questão de termos jogadores que não estejam jogando como titulares em seus clubes ou que ficaram algum tempo parados por problemas de contusão (como Ronaldo e Rivaldo em 2002). Explico: temos visto tantos jogadores se contundindo nas vésperas da estréia, alguns por estarem chegando após o final da temporada européia, que talvez seja bom termos jogadores “descansados” e que atingirão a melhor forma ao longo da Copa, e não no mês anterior a ela.
Em 2002 não chegamos como favoritos. França e Argentina chegaram como a Espanha está chegando agora e caíram na primeira fase. Sou otimista. Vou torcer até por Robinho. E no fundo não importa se a comparação é mais válida com 1994 ou com 2002, o que importa é que o destino final do time seja o mesmo que o dos os times das outras duas Copas.
1. Espanha – o futebol mais bem jogado dos últimos 4 anos. Se estivéssemos falando de um campeonato de pontos corridos, seria a escolha óbvia. Mas sempre é o maior candidato ao posto de “joga como nunca e perde como sempre”. Possivelmente, dessa vez, deverá jogar ainda mais do que nunca... e perder como sempre.
Que comecem as vuvuzelas!
Um comentário:
"Qual a diferença? Não me importa e, na dúvida, aposto contra" hahahaha
Ainda acho que a Eslovênia talvez dê um bom jogo!
Balu
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