sábado, 15 de maio de 2010

Agora vai?

Após a classificação sofrida contra o Universitário do Peru e o mau futebol apresentado, praticamente todos os torcedores do São Paulo que eu conheço já consideravam como provável a desclassificação para o Cruzeiro nas quartas-de-final da Libertadores. Obviamente, esse sentimento foi facilitado pela desclassificação do Corinthians nas oitavas-de-final (pausa para relembrar e curtir mais uma vez esse fato ..............................................................................................................................................................
........................................... pronto!), que tirou a pressão da possibilidade de ter que aguentar um eventual título (sim, eu sei que é imposível) alvi-negro.

Após o jogo contra o Universitário tivemos a confirmação da contratação do Fernandão (sábado). Na segunda-feira, uma fatalidade muito triste que provacaria o desfalque de Miranda no jogo contra o Grêmio, devido ao falecimento de sua irmã. Na terça-feira, surge a notícia de que o time jogaria no 3-5-2, com Alex Silva, Xandão e Richarlysson formando o trio de zagueiros, além da garantia da estréia de Fernandão, com a ida de Washington para o banco. De repente, por uma fatalidade, é bom que se diga, pois não acredito que o Ricardo Gomes mudaria o esquema tático se o Miranda estivesse liberado para o jogo, tínhamos a formação tática que mais deu certo no São Paulo nos últimos 6 anos, mais um atacante notadamente mais inteligente e habilidoso do que o Washington. Já era motivo para aumentar a ansiedade para o jogo e esquecer um pouco o clima de pessimisto que imperava.

Durante o jogo começamos a perceber a primeira diferença: tínhamos um atacante que conseguia dominar uma bola, acertar passes, com visão de jogo, que estava jogando para o time e não esperando que o time jogasse para ele, reclamando quando isso não acontecia. Xandão voltou a mostrar que realmente é um ótimo zagueiro. Hernanes, como segundo volante, jogando na posição que mais rende. Até Cicinho, com menos responsabilidade de marcação, já que tinha alguém cobrindo a direita, ameaçou boas jogadas pela direita com Marlos e Hernanes. Junior César, pasmen!, correndo e marcando com vontade.

Sofremos uma baita pressão do Cruzeiro, é verdade, especialmente no segundo tempo, e contamos com a sorte quando o chute do Roger bateu caprichosamente nas duas traves. Mas voltamos a sentir um time jogando perto do que esperamos: defesa eficiente, meio-de-campo consciente e ataque preciso nos dois gols. Ainda não estou "de bem" de Dagoberto e Marlos, mas está claro que com Fernandão ajudando os dois podem render mais. E, o principal: o time correndo com vontade, não desistindo de nenhuma bola - Junior Cesar salvando a bola que estava entrando e o Marlos marcando com vontade na lateral direita foram emblemáticas - e com aquela cara de Libertadores. É bem possível que o time também tenha sentido as vaias do último jogo e tenha percebido que a torcida estava desistindo da Libertadores. Entrou em campo o chamado fator "Ninguém acredita em nós", muito citado pelo Bill Simmons ao comentar confrontos, especialmente da NFL.

Não devemos achar que tudo está resolvido com apenas uma boa atuação. Mas foi uma vitória maiúscula. E  que nos dá uma perspectiva muito boa.

Agora, volto a falar diretamente com nosso técnico, aproveitando para lançar a campanha proposta pelo meu amigo Berber: "Ricardo Gomes, não invente: sai Ricky e entra Miranda. Só isso. O time é esse, no 3-5-2."

Vai tricolor! Benvindo Fernandão!

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