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SPOILER ALERT!
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Primeiro achávamos que seria apenas questão de lutar pela sobrevivência até que o resgate chegasse. Ainda na primeira temporada descobrimos que a ilha tinha algumas coisas estranhas e que eles não estavam sozinhos. Depois soubemos que as coisas estranhas da ilha tinham um propósito pra lá de misterioso, enquanto o pessoal que já estava lá tinha planos para os sobreviventes. Na terceira temporada descobrimos que esse pessoal não só vivia em uma sociedade organizada como tinha acesso ao mundo exterior e poderiam levar os sobreviventes para fora da ilha! Mas ao mesmo tempo chegava uma equipe de resgate e uma guerra se armou entre os sobreviventes e o pessoal da ilha (chamados de “Os Outros”). Só que a saída da ilha deixou de ser o foco do problema, pois os flash-backs se transformaram em flash-forwards e fomos informados de que alguns dos sobreviventes não só conseguiram sair da ilha, como passavam por dificuldades de volta ao mundo normal. A equipe de resgate? Eles não estavam lá para resgatar os sobreviventes, mas sim para capturar o líder dos Outros, pois trabalhavam para alguém que havia exercido essa função no passado, mas que foi expulso e agora era um empresário multimilionário e que faria de tudo para recuperar a ilha. Enquanto isso, os sobreviventes que ficaram na ilha também passavam por sérios problemas e, para se livrarem desses problemas, precisariam da ajuda daqueles que partiram, que teriam que voltar para a ilha! E eles não só voltaram, mas voltaram para 30 anos no passado! De repente nos vimos frente a uma história na qual cada um dos passageiros do vôo 815 possui uma importância específica, não só no presente como no passado e que todos os acontecimentos estariam sendo manipulados por 2 entidades superiores (deuses?) que disputavam não só o domínio da ilha, como a supremacia de suas intenções para as pessoas (ou seria a humanidade?).
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FIM DO SPOILER ALERT!
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A proporção que a história alcançou, de um mero acidente aéreo para uma suposta disputa mitológica, traz uma ansiedade gigante para a sexta e última temporada de LOST, que se inicia nessa terça-feira nos Estados Unidos. Eu mesmo, junto com alguns amigos, aproveitamos os quase 8 meses de espera entre o final da quinta temporada e o início da sexta para rever as cinco primeiras temporadas (depois soube que muita gente fez a mesma coisa). A idéia era, sabendo de toda a história, buscar detalhes que passaram quando vistos pela primeira vez e que poderiam estar relacionados com eventos futuros. Desde o começo, os criadores e produtores da séria afirmavam que já haviam “desenhado” cada uma das temporadas desde o começo e que já haviam definido como seria o final da história. A conclusão depois de rever as cinco temporadas? Que eles realmente sabiam o que estavam fazendo. Desde a primeira temporada, alguns detalhes saltaram aos olhos e já faziam referência ao final da quinta-temporada, quando a questão mitológica entrou em cena. Obviamente, ajustes foram necessários ao longo de 5 anos, mas ficou clara a coerência entre fatos. E na quinta temporada já percebemos que o tema que vem desde a primeira temporada, que era o duelo entre a fé e a razão, simbolizadas pelos 2 principais personagens da série (John Locke e Jack Sheppard, respectivamente) finalmente começou a pender para o lado da fé, ficando claro que, conforme John Locke dizia desde o início, todos estão lá por um motivo, e não por uma mera fatalidade que foi a queda do avião.
Tem muito corneteiro por aí (a maioria nem acompanha a série, é bom dizer) que torce para que a sexta-temporada seja uma decepção e que não traga as respostas que todos esperam ter, talvez só para poder dizer que foi tudo perda de tempo de nossa parte. Para esses: procurem algo melhor para fazer. Parece que eles só torcem para que a série acabe mal para que não sejam obrigados a ouvir os amigos que são fãs discutindo incansavelmente os episódios. Tenho vários amigos que nunca haviam assistido nada da série até pouco tempo atrás e resolveram dar uma chance “só pela curiosidade”. Ficaram completamente viciados e devoraram as cinco temporadas em poucos meses.
Já vou deixar registrado desde já: as tais respostas que todos esperam não serão 100% respondidas – os próprios produtores já adiantaram isso. E as questões que realmente importam são aquelas relacionadas aos personagens e qual o destino final de cada um deles. É importante esclarecer a importância de personagens “secundários”, mas “especiais”, como Aaron, Walt, Desmond e Richard. O mesmo vale para Jacob e seu inimigo misterioso (nesse caso não há escapatória para os produtores). Mas a falta de explicações adicionais para os ursos polares, os números e até mesmo para o monstro de fumaça preta, ou seja, as coisas “bizarras” da ilha, não vão trazer nenhum prejuízo para o entendimento do contexto (pelo menos para mim). Desde o começo os produtores já diziam que a série tem como foco principal a história dos personagens e parece que esse ponto é realmente o crucial para o desfecho.
Acabou a espera. Agora é hora de curtir os 18 episódios finais (exibidos em 16 semanas) de uma série que já marcou época e já começou a deixar saudades. Que venham as últimas sacadas hilárias do Hurley, os últimos apelidos e sarcasmos geniais do Sawyer (e também do Miles) e não vamos nos esquecer de não subestimar a capacidade da Kate de fazer bobagens.
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