Esse blog foi criado há mais ou menos 4 anos, para servir de registro da minha aventura em Pequim durante os Jogos Olímpicos de 2008. Peguei gosto pela brincadeira e passei algum tempo escrevendo frequentemente por aqui. Acabei deixando meio de lado, com algumas atualizações feitas bem de vez em quando. Passada mais uma edição dos Jogos Olímpicos, a segunda que presenciei, tenho que pelo menos deixar um registro.
Não vou escrever tanto como em 2008, mas a lista a seguir dá uma idéia do quanto valeu a pena. Volto no final da lista com um último comentário.
Não há nenhuma ordem específica. Somente as coisas que ficaram marcadas naqueles 17 dias fantásticos na capital inglesa:
- A tarefa de separar cuidadosamente os ingressos do dia,
junto com os passes de metrô, todas as manhãs.
- Usain bolt, nos 100m.
- A reação do Estádio Olímpico naqueles 9’64”;
- Usain Bolt, de novo, nos 4x100m;
- O velódromo e ver Sir Chris Hoy pedalando, mesmo que tenha
sido numa eliminatória;
- A tensão ao acompanhar uma luta de judô;
- Michael Phelps recebendo sua DÉCIMA-SÉTIMA medalha de ouro
(nos 100m borboleta), empatando com a ARGENTINA (como país) NA HISTÓRIA DOS
JO’s (sim, ele ainda ganharia mais uma!);
- O choro do Cesar Cielo (ah vá) depois de receber a medalha de bronze e dar de cara com dezenas de brasileiros gritando “Valeu, Cesão”, mesmo sem o ouro;
- Descobrir que não é necessário entender absolutamente nada de Ginástica Ritmica pra perceber que as russas são MUITO melhores que as outras;
- "La-la-la-laaaaaaaaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa..."
(looping infinito)
- O choro do Cesar Cielo (ah vá) depois de receber a medalha de bronze e dar de cara com dezenas de brasileiros gritando “Valeu, Cesão”, mesmo sem o ouro;
- Descobrir que não é necessário entender absolutamente nada de Ginástica Ritmica pra perceber que as russas são MUITO melhores que as outras;
- "La-la-la-laaaaaaaaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa..."
(looping infinito)
- Parar tudo o que estava fazendo para assistir mais uma vez
ao clipe de “Survival” do Muse no telão de uma das arenas antes de um jogo;
- Heineken Holland House;
- A mini-micareta no busão de 2 andares, junto com os
holandeses, ao som de Gusttavo Lima (sim, eu sei...);
- A foto com o Vlade Divac;
- A derrota doída no basquete para a Argentina;
- Acompanhar pelo celular o jogo do vôlei feminino contra a
Rússia;
- O visual e o clima fantásticos na arena do vôlei de praia
no dia da final do masculino;
- A sensação de “vamos ganhar” quando Alisson e Emanuel
foram buscar o 11-14 no terceiro set da final, empatando em 14-14. E a sensação
de derrota quando perderam os 2 próximos pontos;
- O tira e põe casaco pra entra no metrô de Londres (uma
estufa) e pra sair da estação (frio);
- “Mind the
gap between the train and the platform”;
- A educação e vontade de ajudar dos voluntários britânicos;
- O voluntário (um senhor de uns 60 anos) que trocou o
casaco comigo, dentro do metrô: “Do you really want it?” (“Yes”), “Will you be happy?” (“Yes”), “Well, I
like to make people happy”.
- A voluntária do Vôlei de Praia – uma senhora também de
seus 60 anos que ficava dançando pra agitar o público a cada música tocada pelo
DJ;
- Os 30 segundos de conversa com o Bill Simmons sobre o
Ruben Magnano;
- Wimbledon;
- O épico Federer x Del Potro;
- Andy Murray cumprindo sua missão;
- Ter visto Roger Federer e Kobe Bryant em ação num mesmo
dia;
- Serena Willams – junto com Bolt e Lebron provavelmente os
atletas mais dominantes dos jogos;
- Estádio de Wembley: check!
- Os espírito esportivo de Federer e Isinbayeva e a
felicidade de ambos pela conquista das medalhas de prata e bronze,
respectivamente;
- Os mais de 300 emails diários da galera do Bolão Londres
2012, que possibilitavam a atualização de TUDO o que acontecia;
- Os 156 pontos dos EUA contra a Nigéria (recorde olímpico)
e a atuação do Carmelo Anthony;
- A cesta do meio da quadra da Austrália (Snell) para
empatar o jogo contra a França (no feminino) no último segundo;
- A busca desesperada por um PUB com TV para assistir a
final do Esquiva Falcão, junto com o Fabrício e a Paty e a ansiedade na espera
do resultado final da luta;
- O choro do Felix Sanchez no pódio dos 400m;
- Coisas que não vimos in loco, mas pela TV, como a vibração
dos comentaristas da BBC na chegada dos 10.000 metros, a medalha de ouro da
Sarah Menezes, a chegada da dupla peso leve feminina da Grã Bretanha (remo) e
a história da esgrimista da Coréia do Sul;
- A esposa ficando emocionada com o choro da Jessica Ennis e
eu ficando emocionado com a emoção dela;
- A jogada do Chris Paul no final do jogo contra a Espanha;
- Kevin
Durant;
- Lebron
James;
- Kobe
Bryant - pegando fogo no segundo tempo contra a Austrália, em Wimbledon assistindo Federer x Del Potro, no Vôlei de Praia, na Natação, postando do Facebook, enfim, desempenhando e curtindo os jogos;
- Kobe, Lebron, e KD se abraçando como crianças felizes ao final
do último jogo;
- A “Diretoria” da Galera Olímpica próxima o tempo todo
(turma fantástica e de grandes amigos);
- As caminhadas de mais de 25 minutos entre a saída do metrô
e a Basketball Arena, atravessando todo o Parque Olímpico, sentido aquele clima
único que só que já esteve em alguma edição dos jogos conhece;
- A final dos 5000 metros , especialmente a última volta,
com a vitória do Mo Farah.
Deixei esses dois últimos itens para o final de propósito. Para mim, eles são o resumo do quanto vale a pena estar presente nos Jogos Olímpicos. É um clima quase que indescritível, estar ao lado de pessoas do mundo inteiro, presenciando momentos históricos, ou simplesmente caminhando pelo Parque Olímpico no vai-vem entre as arenas. A vitória do Mo Farah nos 5000 metros, em casa, com o público indo à loucura, arrepia até o último fio de cabelo do corpo. Li, através dos emails, muitas declarações de amigos meus dizendo-se emocionados em vários eventos, assistindo pela TV! Acreditem, não há comparação estando in loco. E daqui a 4 anos muitos que não puderam viajar para longe poderão entender o que eu estou falando aqui perto, no Rio de Janeiro. Teremos tantos momentos de êxtase como os britânicos tiveram? Provavelmente não, mas ter a chance de ver Bolt, Federer, Lebron, Phelps - em 2016 os nomes serão outros - faz valer cada centavo, cada hora de sono perdida para acordar de madrugada e tentar comprar os ingressos mais concorridos. Ao Barão Pierre de Coubertin, meu muitíssimo obrigado.
(texto editado em 25/08/2012 - parte incluída em itálico)