sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

RETROSPECTIVA 2012




Antes de partir para a praia, deixo minha tradicional lista de "melhores do ano". Na verdade, trata-se mais de um "resumo do ano", naquele critério já usado antes: "do que vou me lembrar quando falar do ano de 2012?". Sem mais delongas...

Atletas do ano

1. Lebron James – deixou pra trás todas as críticas ao conquistar o título da NBA, seu terceiro título de MVP (entrando para o seleto grupo de jogadores com 3 ou mais MVPs que tem “apenas” Kareem Abdul-Jabbar (6), Michael Jordan (5), Bill Russell (5), Wilt Chamberlain (4), Larry Bird (3), Magic Johnson (3) e Moses Malone (3)) e ainda liderou a seleção dos Estados Unidos à medalha de ouro nos jogos olímpicos. Sua atuação no jogo 6 dasfinais de leste, contra os Celtics, foi uma das maiores atuações da história (falo mais desse jogo mais pra frente). E pra mim suas conquistas foram ainda mais relevantes que o próximo da lista, que deve estar no topo da maioria das listas que estão sendo feitas nessa época. 

2. Usain Bolt – repetiu, em Londres, as 3 medalhas de ouro que ganhou em Pequim, nos 100m, 200m e no revezamento 4x100m. Tive a sorte de ter estado presente em 2 das 3 provas (100m e 4x100m). 80.000 pessoas completamente hipnotizadas para vê-lo correr. Uma lenda.

3. Lionel Messi – a conversa sobre a possibilidade de estarmos vendo o segundo melhor jogador da história está ficando cada vez mais séria. Nesse ano, bateu o recorde de gols (91!) em uma única temporada, que durava 40 anos (85 gols de Gerd Muller em 1972).

4. Peyton Manning – depois de ficar um ano afastado por problemas no pescoço (foram 4 cirurgias!), ele foi dispensado pelos Colts (que vai muito bem, obrigado, com Andrew Luck), assinou com o Denver Broncos, aprendeu em poucos meses todas as particularidades do novo time, dos novos jogadores e, mesmo sabendo que qualquer pancada mais forte poderia acabar com sua carreira pela fragilidade do pescoço, está comandando o time a uma campanha de 12 vitórias e 3 derrotas, sendo 11 vitórias seguidas (provavelmente 12, contando o último jogo nesse próximo domingo) e brigando pela melhor campanha da AFC. E pra quem falava que a tabela dos Broncos era tranquila, basta ver o que ele fez contra os Ravens na semana 15.

5. Serena Williams – Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos perdendo, durante a competição, um total de 17 GAMES EM 6 JOGOS (média de menos de 3 games por jogo, incluindo um absurdo 6-0, 6-1 na final contra Maria Sharapova). Ah, e ganhou duplas também... e Wimbledon... e o US Open. Só não é o número 1 do mundo por que não disputou tantos torneios quanto as outras, mas não dá pra ser mais dominante no esporte do que ela é.  

6. Michael Phelps – muita gente achava que ele não era mais o mesmo. Bom, realmente não era, afinal ganhar 8 medalhas de ouro em uma edição de Jogos Olímpicos não é das coisas que se repetem a toda hora. Mas depois de um começo complicado ao perder o pódio nos 400m medley, medalhou nas outras 6 provas que disputou, sendo 4 ouros e 2 pratas. Primeiro tricampeão olímpico em uma mesma prova (200m medley), chegou a 22 medalhas olímpicas, sendo 18 de ouro (ambos recordes). Só pra constar, e para efeito de comparação (e provocação), a Argentina, como país, tem 17 medalhas de ouro na história.

7. Miguel Cabrera (Baseball, Detroit Tigers) – MVP da American League, foi o 15º jogador na história a ganhar a tríplice coroa, o primeiro desde 1967, liderando a liga em aproveitamento no bastão (0,330), Home Runs (44) e RBIs (139). Pra quem não acompanha baseball: é um BAITA feito.

8. Adrian Peterson – ele estourou não sei quantos ligamentos do joelho no dia 24 de dezembro de 2011. Passou por cirurgia, fez o processo de recuperação e, contra todas as expectativas, estava de volta ao campo na semana 1 dessa temporada. Não bastasse isso, está liderando a NFL em jardas corridas (1898 e contando), com boas chances de atingir a marca de 2000 jardas. Antes da última rodada, estava com chances reais de bater o recorde de 2105 jardas em uma única temporada, mas depois do último jogo ficou improvável (por isso caiu umas 2 posições nessa lista). Mesmo assim, é, ao lado do Peyton Manning, a história do ano na NFL e, confirmada a classificação dos Vikings para os playoffs, receberá votos para MVP. Ah, e não dá pra esquecer na quantidade de títulos de fantasy que ele decidiu.

9. Novandy Rogervick Federray – que ano para o tênis, hein? Primeiro, Djokovic ganha o Australian Open naquela final épica contra o Nadal (mais desse jogo na sequência) e fecha o ano novamente como número 1 do mundo. Entre essas coisas, Roger Federer ganha Wimbledon (17º grand slam na carreira), volta ao topo do ranking e bate o recorde de semanas no topo até devolver o posto para o Sérvio, Andy Murray supera todas as críticas e finalmente ganha um Grand Slam para os Britânicos depois de 76 anos de espera, depois de ter levado a quadra central de Wimbledon à loucura ao ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Impossível citar somente um dos 3 nessa lista.

10.  Missy Franklin (Natação, EUA) – com 17 anos, levou 4 medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos. DEZESSETE ANOS! E ainda teve papel importante em um dos vídeos mais legais do ano (YOUTUBE – CALL ME MAYBE). Imaginem o que vai acontecer em 2016…

Nota: daria pra esticar MUITO essa lista, pensando somente nos Jogos Olímpicos... mas resolvi cortar no número 10 (na verdade foram 12), que provavelmente serão aqueles dos quais eu vou me lembrar, sem precisar consultar nada, daqui uns 10, 15 anos quando o ano de 2012 vier à cabeça. Ah, e vale citar que 2012 foi o ano de estréia de Andrew Luck, Robert Griffin III e Russel Wilson na NFL... vamos ver como falaremos deles nos próximos anos...


Jogos/Confrontos do ano

1.  Tantos momentos fantásticos dos Jogos Olímpicos, já resumidos por mim quando voltei de Londres. Destaques para a semifinal do tênis (Federer x Del Potro), as quartas-de-final do vôlei feminino (Brasil x Russia), o revezamento 4x100m masculino (recorde mundial da Jamaica), a final dos 5000m (vitória do Mo Farah) e a final do Basquete Masculino (EUA x Espanha).

2.   Novak Djokovic x Rafael Nadal, final do Australian Open, quase 6 horas de jogo. Vitória do sérvio por 3x2. Os dois guerreiros mal conseguiram ficar em pé durante a cerimônia de premiação.

3. Miami Heat x Boston Celtics, game 6 – Eastern Conference Finals – provavelmente o jogo que definiu a virada na carreira de Lebron James. Seu time a uma derrota da eliminação, jogo em Boston, contra uma torcida ensandecida e um time mais que motivado. Pra quem não lembra do que aconteceu, ele simplesmente destruiu o jogo, marcando 45 pontos. Deixo o resto por conta de um dos torcedores mais famosos dos Celtics, que estava presente no jogo (aliás, numa dasmelhores colunas esportivas do ano ):

“I don't know what happened. I just know the shots wouldn't stop going in. After about the fifth dagger in a row (he made 10 straight), the crowd started groaning on every make — shades of Philly's Andrew Toney ripping our hearts out 30 years ago. If you've ever been in the building for one of those games, you know there isn't a deadlier sound. He single-handedly murdered one of the giddiest Celtics crowds I can remember. Thirty points in the first half. Thirty! All with that blank look on his face. It was like watching surveillance video of a serial killer coldly dismembering a body and sticking the parts in the fridge. Only we were right there.
You can't imagine what this was like to witness in person. I know Michael Jordan had similarly astonishing games, and others, too, but not with stakes like that. This wasn't just an elimination game. This was LeBron James's entire career being put on trial … and it only took an hour for him to tell the jury, "Go home. I'm one of the best players ever. Stop picking me apart. Stop talking about the things I can't do. Stop holding me to standards that have never been applied to any other NBA player. Stop blaming me for an admittedly dumb decision I never should have made. Stop saying I'm weak. Stop saying that I don't want to win. Stop. Just … stop."”
4. San Francisco 49ers 36 x 32 New Orleans Saints – Jogo dos playoffs da NFL, com 4 viradas no placar nos últimos 5 minutos de jogo, finalizando com o passe de Alex Smith para o TD de Vernon Davis. O Everaldo Marques chegou a escrever no twitter que essa teria sido a "narração mais foda da carreira dele".


Times do Ano


1. Revezamento 4x100 da Jamaica – o revezamento dos EUA igualou o recorde mundial. Mas perdeu para os jamaicanos. Caso encerrado.


2. Seleção de basquete dos Estados Unidos – não fossem as ausências por contusão de Dwight Howard, Chris Bosh, Derrick Rose e Dwyane Wade, seria considerada a segunda melhor seleção dos EUA na história, atrás do Dream Team de 1992. Mas mesmo assim, quando se junta Lebron James, Kobe Bryant, Kevin Durant, Chris Paul e Carmelo Anthony, alguma coisa especial tem que ser esperada. E eles não decepcionaram.

3. Miami Heat – ver James, Lebron na lista de melhores atletas. E eles só estão começando. E a melhor parte de estar em um time onde a estrela é Lebron James é que o que ele mais gosta de fazer é envolver os outros no jogo. É uma versão turbinada do Magic Johnson, misturada com Scottie Pippen e Dr. J e no corpo do Karl Malone. Durante as finais com o Oklahoma City Thunder, Lebron passeava em quadra, não somente dominando a quadra na defesa e no ataque, mas também sempre encontrando o companheiro livre, pronto para acertar uma bola de 3 pontos. E nesse ano ainda trouxeram Ray Allen...

And... hmmmm, bem, então,

(resistindo bravamente)

(ainda pensando)

(quase deixando pra lá)

(puts, acho que tem que ser citado)

(tá bom, vai...)

4.  Corinthians (com ajuda dos Maias... e do Diego Souza. Maldito.).


Jogadas/Lances do ano

1.  Eli Manning e Mario Manninghan - Super Bowl XLVI - passe de 38 jardas que iniciou o drive que levaria ao TD da vitória.

2.  Tim Tebow e Demaryius Thomas - passe para o TD de 80 jardas na prorrogação contra o Pittsburgh Steelers - ou "o lance que quase explodiu o Twitter".

3.  O gol de bicicleta de Ibrahimovic

4. A tacada de Bubba Watson no buraco #10 do Masters, no caminho da vitória do torneio mais importante do golfe.

5. Não poderia deixar de colocar Jeremy Lin nessa retrospectiva, uma das melhores histórias do ano. Não se trata de apenas uma jogada, mas uma amostra do que foi a LINSANITY.

6. O touchdown de Golden Tate no Monday Night Football (Green Bay Packers vs Seattle Seahawks), ou mais conhecido como "a maior lambança de arbitragem do ano". Pelo menos o lance serviu para a NFL acabar com o lockout dos árbitros titulares, que foram trazidos de volta na rodada seguinte.

7.   Blake Griffin over Kendrick Perkins & Blake Griffin over Pau Gasol.

8.   Ray Rice convertendo um 4th and 29 contra os Chargers

9.   Josh Hamilton, do Texas Rangers, batendo 4 home runs em um único jogo.

10.  Marcelinho Huertas com um arremesso no último segundo no clássico Barcelona x Real Madrid no jogo 1 da final do campeonato espanhol de basquete. O Barcelona ganhou o título vencendo a série por 3x2. Reparem na reação do técnico do Real Madrid.


Filmes

Não posso dizer que 2012 foi um ano no qual me dediquei ao cinema, muito pelo contrário. Acho que não assisti mais que 10 ou 15 filmes (e olha lá!). Mas registro alguns que vi e gostei, longe de achar que estarão em alguma lista de melhores filmes do ano pelos mais “presentes” aos cinemas.

1. O Homem Que Mudou o Jogo (Moneyball) – a história de Billy Beane, General Manager do Oakland Athletics (time da Major League Baseball), que revolucionou a forma de utilizas as estatísticas na formação de um time. Pra quem gosta de baseball, recomendo muito mais a leitura do livro, muito mais detalhada e com passagens geniais que não foram incluídas no filme. Mas o filma passa bem o recado.


2. Deuses da Carnificina (Carnage) – filme de Roman Polanski baseado em fortes diálogos, um roteiro simples e uma história que se passa basicamente em um único ambiente. Despretensioso e bem legal. Ah, e o fato de ter como protagonistas o quarteto Jodie Foster, Kate Winslet, John C. Rilley e Chistoph Waltz ajuda bem.


3. Ruby Sparks: a Namorada Perfeita (Ruby Sparks) – também despretensioso, mas que trouxe algumas boas reflexões, sobretudo em relação à forma como conduzimos nossos relacionamentos...



Músicas


1. “Survival” (Muse) – não era muito fã do Muse, mas já havia visto 3 bons shows deles, quando abriram os shows da última turnê do U2. “Survival” foi escrita para ser o tema dos Jogos Olímpicos de Londres, o que já traz uma vantagem competitiva. Aí colocaram um vídeo de imagens dos jogos anteriores, o que é pra lá de apelativo (no melhor sentido possível). O resultado é o vídeo que não canso de assistir desde que foi lançado.



2.“Runaways” (The Killers) – a melhor banda que surgiu nos últimos 15 anos, mantendo o excelente padrão no álbum “Battle Born”, lançado nesse ano.




3. “We Are Young” (Fun.) – a boa surpresa de 2012. O álbum “Some Nights” é muito bom, recomendo.



4. “Wrecking Ball” (Bruce Springsteen). The Boss is coming. Mal posso esperar para (finalmente!) vê-lo ao vivo no Rock In Rio 2013.



5. “The Wreckers” (Rush) – Quando minha banda favorita lança álbum novo, em alguma lista de melhores do ano ela tem que entrar!


Bônus: Música antiga que eu não conhecia, acabei conhecendo em 2012 (a música e a banda) e passei a ouvir muito: “Local Boy in a Photograph” (Stereophonics), de 1997 (!).


Feliz 2013 a todos!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

London 2012



Esse blog foi criado há mais ou menos 4 anos, para servir de registro da minha aventura em Pequim durante os Jogos Olímpicos de 2008. Peguei gosto pela brincadeira e passei algum tempo escrevendo frequentemente por aqui. Acabei deixando meio de lado, com algumas atualizações feitas bem de vez em quando. Passada mais uma edição dos Jogos Olímpicos, a segunda que presenciei, tenho que pelo menos deixar um registro.

Não vou escrever tanto como em 2008, mas a lista a seguir dá uma idéia do quanto valeu a pena. Volto no final da lista com um último comentário.

Não há nenhuma ordem específica. Somente as coisas que ficaram marcadas naqueles 17 dias fantásticos na capital inglesa:

- A tarefa de separar cuidadosamente os ingressos do dia, junto com os passes de metrô, todas as manhãs.

- Usain bolt, nos 100m.

- A reação do Estádio Olímpico naqueles 9’64”;

- Usain Bolt, de novo, nos 4x100m;

- O velódromo e ver Sir Chris Hoy pedalando, mesmo que tenha sido numa eliminatória;

- A tensão ao acompanhar uma luta de judô;

- Michael Phelps recebendo sua DÉCIMA-SÉTIMA medalha de ouro (nos 100m borboleta), empatando com a ARGENTINA (como país) NA HISTÓRIA DOS JO’s (sim, ele ainda ganharia mais uma!);

- O choro do Cesar Cielo (ah vá) depois de receber a medalha de bronze e dar de cara com dezenas de brasileiros gritando “Valeu, Cesão”, mesmo sem o ouro;

- Descobrir que não é necessário entender absolutamente nada de Ginástica Ritmica pra perceber que as russas são MUITO melhores que as outras;

- "La-la-la-laaaaaaaaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa
La-la-la-la-la-la-la-laaaaa..."

(looping infinito)

 

- Parar tudo o que estava fazendo para assistir mais uma vez ao clipe de “Survival” do Muse no telão de uma das arenas antes de um jogo;

- Heineken Holland House;

- A mini-micareta no busão de 2 andares, junto com os holandeses, ao som de Gusttavo Lima (sim, eu sei...);

- A foto com o Vlade Divac;

- A derrota doída no basquete para a Argentina;

- Acompanhar pelo celular o jogo do vôlei feminino contra a Rússia;

- O visual e o clima fantásticos na arena do vôlei de praia no dia da final do masculino;



- A sensação de “vamos ganhar” quando Alisson e Emanuel foram buscar o 11-14 no terceiro set da final, empatando em 14-14. E a sensação de derrota quando perderam os 2 próximos pontos;

- O tira e põe casaco pra entra no metrô de Londres (uma estufa) e pra sair da estação (frio);

- “Mind the gap between the train and the platform”;

- A educação e vontade de ajudar dos voluntários britânicos;

- O voluntário (um senhor de uns 60 anos) que trocou o casaco comigo, dentro do metrô: “Do you really want it?” (“Yes”), “Will you be happy?” (“Yes”), “Well, I like to make people happy”.

- A voluntária do Vôlei de Praia – uma senhora também de seus 60 anos que ficava dançando pra agitar o público a cada música tocada pelo DJ;

- Os 30 segundos de conversa com o Bill Simmons sobre o Ruben Magnano;

- Wimbledon;

- O épico Federer x Del Potro;

- Andy Murray cumprindo sua missão;

- Ter visto Roger Federer e Kobe Bryant em ação num mesmo dia;

- Serena Willams – junto com Bolt e Lebron provavelmente os atletas mais dominantes dos jogos;

- Estádio de Wembley: check!

- Os espírito esportivo de Federer e Isinbayeva e a felicidade de ambos pela conquista das medalhas de prata e bronze, respectivamente;

- Os mais de 300 emails diários da galera do Bolão Londres 2012, que possibilitavam a atualização de TUDO o que acontecia;

- Os 156 pontos dos EUA contra a Nigéria (recorde olímpico) e a atuação do Carmelo Anthony;

- A cesta do meio da quadra da Austrália (Snell) para empatar o jogo contra a França (no feminino) no último segundo;               

- A busca desesperada por um PUB com TV para assistir a final do Esquiva Falcão, junto com o Fabrício e a Paty e a ansiedade na espera do resultado final da luta;

- O choro do Felix Sanchez no pódio dos 400m;

- Coisas que não vimos in loco, mas pela TV, como a vibração dos comentaristas da BBC na chegada dos 10.000 metros, a medalha de ouro da Sarah Menezes, a chegada da dupla peso leve feminina da Grã Bretanha (remo) e a história da esgrimista da Coréia do Sul;

- A esposa ficando emocionada com o choro da Jessica Ennis e eu ficando emocionado com a emoção dela;

- A jogada do Chris Paul no final do jogo contra a Espanha;

- Kevin Durant;

- Lebron James;

- Kobe Bryant - pegando fogo no segundo tempo contra a Austrália, em Wimbledon assistindo Federer x Del Potro, no Vôlei de Praia, na Natação, postando do Facebook, enfim, desempenhando e curtindo os jogos;

- Kobe, Lebron, e KD se abraçando como crianças felizes ao final do último jogo;

- A “Diretoria” da Galera Olímpica próxima o tempo todo (turma fantástica e de grandes amigos);

- As caminhadas de mais de 25 minutos entre a saída do metrô e a Basketball Arena, atravessando todo o Parque Olímpico, sentido aquele clima único que só que já esteve em alguma edição dos jogos conhece;

- A final dos 5000 metros , especialmente a última volta, com a vitória do Mo Farah.

Deixei esses dois últimos itens para o final de propósito. Para mim, eles são o resumo do quanto vale a pena estar presente nos Jogos Olímpicos. É um clima quase que indescritível, estar ao lado de pessoas do mundo inteiro, presenciando momentos históricos, ou simplesmente caminhando pelo Parque Olímpico no vai-vem entre as arenas. A vitória do Mo Farah nos 5000 metros, em casa, com o público indo à loucura, arrepia até o último fio de cabelo do corpo. Li, através dos emails, muitas declarações de amigos meus dizendo-se emocionados em vários eventos, assistindo pela TV! Acreditem, não há comparação estando in loco. E daqui a 4 anos muitos que não puderam viajar para longe poderão entender o que eu estou falando aqui perto, no Rio de Janeiro. Teremos tantos momentos de êxtase como os britânicos tiveram? Provavelmente não, mas ter a chance de ver Bolt, Federer, Lebron, Phelps - em 2016 os nomes serão outros - faz valer cada centavo, cada hora de sono perdida para acordar de madrugada e tentar comprar os ingressos mais concorridos. Ao Barão Pierre de Coubertin, meu muitíssimo obrigado.

(texto editado em 25/08/2012 - parte incluída em itálico)



domingo, 8 de janeiro de 2012

COMPLEMENTANDO...

É isso que dá fazer um post cansado e com pressa num quarto de hotel: duas omissões importantes na categoria "jogos do ano". Na verdade, um jogo e um momento histórico:

O JOGO: Semifinal do US OPEN (Novak Djokovic x Roger Federer).






O MOMENTO HISTÓRICO: como eu escrevi no Facebook no momento que aconteceu: infelizmente paixões e birras futebolísticas impediram que uns 85% dos amantes do futebol valorizassem o que tinha acabado de acontecer.