terça-feira, 28 de abril de 2009

RONALDO

Estou querendo escrever sobre o Ronaldo desde a semana passada, quando o vi jogar, estando in loco, pela primeira vez, apesar dos seus já 15 anos de carreira. A correria do dia-a-dia não permitiu. Mas, depois do jogo de domingo, contra o Santos, resolvi achar uma brecha nessa correria (semana pré-mini-férias) para registrar o meu sentimento sobre o craque.

Em condições normais, sairia puto da vida do Morumbi no último dia 19, afinal, ser desclassificado para o Corinthians costuma ser a morte. Mas não foi bem assim. O sentimento não era de felicidade, aliás não consigo descrever qual era exatamente esse sentimento, mas era algo como satisfação por ver o maior jogador brasileiro dos últimos 20 anos (me desculpe, Romário) dando um pique daqueles e fazendo o segundo gol. Não me importa se foi falha ou não do zagueiro Rodrigo do São Paulo, que perdeu na corrida para um "gordo" e do golerio Bosco, que não saiu a tempo do gol - o cara chegou no final do pique a TRINTA E SEIS KILÔMETROS POR HORA!

Se isso não bastasse, vem o primeiro jogo da final do campeonato paulista, contra o Santos. Dois golaços. No primeiro, uma matada de uma bola que chegou com um "bicão", já ajeitando para o pé esquerdo e o chute colocado e certeiro. No segundo gol, a antecipação visual da posição do goleiro, o drible de letra e o toque de mestre para encobrir Fábio Costa. Um gol que marcará história como o gol do Alex contra o São Paulo (quando o José Silvério também gritou "QUE GOLAÇO" 3 vezes antes de soltar a garganta) e o gol do Marcelinho contra o próprio Santos, também na Vila Bermiro.

A reação generalizada pelos gols decisivos que o Ronaldo vem marcando mostra que, para determinado nível de atleta, as paixões "clubísticas" ficam de lado. Ronaldo está acima de tudo isso. Sorte nossa de podermos presenciar e acompanhar mais um daqueles caras que nos farão contar histórias aos nossos netos. Todos sabem que sou um aficcionado por basquete e pelos Los Angeles Lakers. Mas não conseguia ficar chateado quando via Michael Jordan acabar com os jogos. Com Ronaldo, é algo parecido.

Para concluir, deixo o excelente texto de Paulo Calçade, no site da ESPN Brasil:

O que falar de Ronaldo?
por Paulo Calçade, blogueiro do ESPN.com.br

O que falar de Ronaldo?
Que há quatro meses ele parecia mais fora do futebol do que dentro?
Que ele ainda luta heroicamente contra os quilos a mais que a balança insiste em mostrar?
Que ele tem justificado no Corinthians cada letra do apelido?
É, o Fenômeno decidiu mais uma partida.
Onde no início havia apenas uma grande jogada de marketing agora existe um jogador de futebol de verdade, um sujeito motivado e feliz.
Amparado por competentíssimos profissionais brasileiros, como o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, R9 tem exibido força e velocidade, num trabalho de recuperação que merece entrar para a literatura médica do país.
Ronaldo faz, no Brasil, o que seus últimos anos na Europa não lhe permitiram.
Ah, os zagueiros estão aliviando a marcação...
Não foi essa a realidade do jogo.
A vitória sobre o Santos mostrou algo muito mais interessante: num futebol repleto de gente que se assusta diante do gol, Ronaldo simplifica, apresenta uma tranquilidade absurda, que pode ser confundida.
Parece que os adversários não querem tocá-lo. O problema é que não conseguem.
Quando a bola chutada por Chicão foi dominada, chegou ao gramado pronta para ser finalizada.
O terceiro gol corintiano aconteceu bem na minha frente. Durante toda a ação, não acreditei que ele tocaria por cobertura, não faria o mais difícil, passaria para Elias.
A dificuldade de um é a facilidade do outro.
Genial.
É muito bom poder ver esse tipo de jogador em gramados brasileiros, afinal o normal é vendermos os craques e compramos os campeonatos onde eles jogam.
Com Ronaldo tem sido diferente.
O jogo não acabou, mas o Corinthians deixou a Vila Belmiro debruçado sobre a taça de campeão paulista.
O Santos preferiu insistir nos mesmos erros que lhe custaram a vaga na Copa do Brasil. Mas do outro lado não havia mais o CSA.
Vagner Mancini terá de fazer o time acreditar, mas são duas pancadas muito fortes num curto espaço de tempo.
E não basta apenas acreditar, o gol não pode ser um detalhe. É preciso marcá-lo. E isso Ronaldo continua sabendo fazer muito bem num momento em que Kleber Pereira anda tão distante.


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segunda-feira, 20 de abril de 2009

MEUS PALPITES - FIRST ROUND

(apesar de estar publicando meus palpites da primeira rodada dos playoffs apenas no domingo à noite, posso garantir que os mesmos foram definidos na sexta-feira e enviados aos participantes do Bolão que eu organizo).

OESTE:

#1 LA Lakers x #8 Utah Jazz - Lakers em 5 jogos;
#2 Denver Nuggets x #7 New Orleans Hornets - Nuggets em 7 jogos;
#3 San Antonio Spurs x #6 Dallas Mavericks - Spurs em 6 jogos;
#4 Portland Trailblazers x #5 Houston Rockets - Blazers em 7 jogos;

LESTE:

#1 Cleveland Cavaliers x #8 Detroit Pistons - Cavs em 4 jogos;
#2 Boston Celtics x #7 Chicago Bulls - Celtics em 5 jogos;
#3 Orlando Magic x #6 Philadelphia 76ers - Magic em 5 jogos;
#4 Atlanta Hawks x #5 Miami Heat - Heat em 7 jogos

Finais: mantenho minha previsão de outubro , com os Lakers vencendo os Cavaliers nas finais.

Alguns destaques para se prestar atenção nessa fase (muitos match ups interessantes entre os armadores):

- Tony Parker x Jason Kidd: a vantagem do francês dos Spurs deverá ser determinante (31 PPG contra os Mavs na temporada regular), apesar da vitória dos Mavs no primeiro jogo, em San Antonio;
- A marcação de Shane Battier e Ron Artest (Rockets) sobre Brandon Roy (Blazers)
- A explosão de Chris Paul (Hornets) contra a liderança de Chauncey Billups (Nuggets)
- D-Wade e vários coadjuvantes contra o excelente conjunto dos Hawks
- Rajon Rondo x Derrick Rose (no post anterior já comentei sobre a performance de Derrick Rose no jogo 1)

Já deu para perceber que alguns resultados dos jogos do final de semana já colocam em dúvida meus palpites. Antes do início dos confrontos, as série mais imprevisíveis, pelo menos na minha opinião, seriam Atlanta x Miami e New Orleans x Denver. Enquanto estou escrevendo este post, essas são as únicas séries que ainda não começaram. As outras? Com exceção de Lakers e Cleveland, que iniciaram as respectivas séries com vitórias convincentes em casa, todos os outros quatro jogos terminaram com vitórias dos visitantes: os Bulls venceram os Celtics em Boston, os Mavericks venceram os Spurs em San Antonio, os Rockets venceram os Trailblazers em Portland e, agora a pouco, os 76ers venceram o Magic, em Orlando, após estarem perdendo por 18 pontos durante o segundo tempo. Conclusão: enquanto nesse ano podemos ter uma das finais mais antecipadas da história (Lakers e Cavs), especialmente com as contusões de Kevin Garnett e Manu Ginobili, QUALQUER coisa pode acontecer nas séries que não envolverem esses dois times.


domingo, 19 de abril de 2009

NBA - SEASON AWARDS

Nunca vou saber se Lebron James estava realmente olhando para mim quando tirei essa foto. Na dúvida, continuo achando que sim. Mas volto a falar sobre ele daqui a pouco. Antes disso, continuando no tema final de temporada regular da NBA, também vou dar minhas opiniões sobre os principais prêmios que costumam ser anunciados pela NBA para os destaques da temporada:

COACH OF THE YEAR

Parece que Mike Brown, do Cleveland Cavaliers, vai leva o prêmio. Obviamente, teve seus méritos ao conduzir o time a 66 vitórias, mas o mérito não foi maior do Lebron James? O mesmo vale para Eric Spoelstra e Dwyane Wade, no Miami Heat. Outro bem cotado é Stan Van Gundy, do Orlando Magic, que não conseguiu roubar a segunda posição do Leste do Boston Celtics, mesmo com esses jogando sem Kevin Garnett. Na minha opinião, o prêmio deve ser dado para o técnico que consegue levar o time além daquilo que se espera, mesmo sem contar com "material humano" para tal. Nesse caso, por que não considerar Doc Rivers, dos Celtics, que levou o time a 62 vitórias sem Kevin Garnett por quase metade da temporada? Ou Nate McMillian, que levou o jovem time do Portland Trailblazers à quarta posição do Oeste? Ou então o meu favorito, que não somente tem o melhor conjunto da obra dos últimos 10 anos, como manteve os Spurs na terceira posição do Oeste, mesmo sem contar com Manu Ginobili por 38 jogos, com um Tim Duncan sentindo o peso da alta kilometragem, e com o time bem renovado, encontrando novas peças, como Roger Mason, para encaixar no esquema do time. Como não posso votar em mim mesmo, que merecia por ter ganho o título do NBA Fantasy na Michael Chang League sendo o único time dos 4 semifinalistas que não contava com dos três "fantasy-freaks" (Lebron, D-Wade e Chris Paul), meu voto é para Greg Popovich, dos Spurs, apesar da barba que o faz parecer um psicopata de filme de suspense.

ROOKIE OF THE YEAR

Esse é fácil e não tem a menor discussão, apesar de que a classe de 2009 acabou se mostrando muito melhor que o esperado, com destaques para Brook Lopez (Nets), OJ Mayo e Marc Gasol (Grizzlies), Kevin Love (Timberwolves) e Russel Westbrook (Thunder). Derrick Rose (Bulls) mostrou que será uma estrela liga nos próximos anos e arrisco dizer que roubará de Deron Williams a posição de segundo melhor jovem point guard da liga, atrás de Chris Paul. Não só conduziu o Chicago Bulls de volta aos playoffs, como me ajudou horrores no NBA Fantasy. E quem viu o jogo 1 entre Bulls e Celtics, viu a atuação espetacular no primeiro jogo de playoff da sua vida, conseguindo roubar um vitória, na prorrogação, na casa dos atuais campeões, com impressionantes 36 pontos (igualando o recorde de ninguém mais, ninguém menos, que Karen Abdul Jabbar em jogo de estréia em playoff) e 11 assistências. Esse jogo não é considerado na eleição, mas nem precisa.

ALL NBA TEAMS

First Team:

G - Kobe Bryant
G - Dwyane Wade
C - Dwight Howard
F - Tim Duncan
F - Lebron James

Second Team:

G - Chauncey Billups
G - Chris Paul
C - Pau Gasol
F - Paul Pierce
F - Dirk Nwitzki

Third Team:

G - Tony Parker
G - Brandon Roy
C - Yao Ming
F - Carmelo Anthony
F - Kevin Durant

Não passaram no corte, mas merecem citação: Ray Allen, Shaquile O'Neal, Danny Granger, Derrick Rose, Joe Johnson e Deron Williams

MVP

Esse também é fácil. E olha que Dwyane Wade teve uma temporada "jordanesca", lembrando o jovem MJ do final dos anos 80 e, além disso, não mudo absolutamente nada do que escrevi sobre Kobe Bryant após os Jogos Olímpicos de Pequim. Mas o que Lebron James (sim, aquele que olhou pra mim na foto lá em cima!) fez nessa temporada vai além de qualquer coisa. Ele mostrou que vai dominar a liga nos próximos 10 anos. Não é por nada que vários times já começaram a enxugar a folha de pagamento desde o ano passado, abrindo mão de 2 temporadas, para tentar contratá-lo no verão de 2010, quando encerra seu cotrato com os Cavaliers. Recomendo a leitura dessa coluna de Bill Simmons (vá direto ao final, ao número 1 da lista). É o resumo perfeito. Em setembro, escrevi: "Já Lebron, esse é um fenômeno da natureza. Antigamente se dizia que ou se era rápido, ou se era grande. Ou se era forte ou se era habilidoso. Lebron consegue ser tudo isso ao mesmo tempo – é a versão rápida e habilidosa do Shaq, quando quer é completamente imparável". E acrescento essa comparação, feita também pelo Bill Simmons:

"At age 24, he's a cross between ABA Dr. J (unstoppable in the open court, breathtaking in traffic, has the rare ability to galvanize teammates and crowds with one "Wow" play, even handles himself as well off the court) and 1992 Scottie Pippen (the freaky athletic ability on both ends, especially when he's cutting pass lines or flying in from the weak side for a block), with a little MJ (his overcompetitiveness and sense of The Moment), Magic (the unselfishness, which isn't where I thought it would be back in 2003, but at least it's in there a little) and Bo Jackson (how he can occasionally just overpower the other team in a way that doesn't seem human) mixed in ... only if all of that Molotov Superstar Cocktail was mixed together in Karl Malone's body. This is crazy. This is insane. This is unlike anything we've ever seen. And to think, LeBron doesn't even have a reliable 20-footer or a post-up game yet. See, this is only going to get better. And it's already historic."

O Rei assume o trono.

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sábado, 18 de abril de 2009

NBA - FINAL DA TEMPORADA REGULAR


Chegou a melhor época esportiva de um ano normal (leia-se não-olímpico e sem Copa do Mundo): playoffs da NBA e, em mais duas semanas, a segunda fase da Libertadores. Enquanto não começam os playoffs da NBA (e sobre eles escrevo no post de amanhã), faço uma retrospectiva da temporada regular que se encerrou na última quarta-feira. Até que minhas previsões de antes da temporada se mostraram bastante precisas em sua maioria. Acertei 14 dos 16 times classificados para os playoffs. Meus erros foram apontar Toronto no Leste, ao invés de Chicago, e Phoenix no Oeste, ao invés do Denver.

Aliás, falando em Denver, é impressionante a vantagem que os Nuggets tiveram na troca com os Pistons, que trouxe Chauncey Billups e enviou ninguém mais, ninguém menos, que Allen Iverson para Detroit. Billups assumiu a liderança do time, passou a comandar dentro de quadra, conseguiu extrair mais e mais dos jogadores (Carmelo Anthony voltou a melhorar sem a sobra do Iverson, Nene teve uma temporada excelente, Chris Andersen é o Comeback Player of the Year, JR Smith é candidato a sexto-homem, etc) e levou o time à incrível segunda campanha do Oeste. Tudo bem que os outros times do Oeste passaram o ano lutando contra contusões, mas ainda acho que é um feito e tanto. Já os Pistons, depois de várias temporadas com mais de 50 vitórias, terminaram com um pífio 39-43. Iverson? Pouco acrescentou enquanto jogou, depois se machucou, voltou, e saiu do time de novo, novamente por "contusão" (Ok, vou fingir que acredito). Só não ficaram de fora dos playoffs por incompetência da concorrência e acabram com a oitava campanha do Leste.

Conforme eu previ, o Portland Trailblazers se mostrou um time excelente, sendo um dos mais jovens da liga, talvez a maior promessa para comandar o Oeste no futuro, quando o domínio dos Lakers, que ainda pode durar um ou dois anos, se encerrar. Só fico imaginando o que seria se, ao invés de ter escolhido Greg Oden no draft de 2007, o qual infelizmente continua lutando contra contusões e passou a ver uma grande interrogação no seu futuro, tivessem escolhido Kevin Durant, que atendeu às minhas espectativas e teve um ano espetacular, sendo o 6º da liga em média de pontos (25,3), mostrando que realmente será um dos superstars da liga no futuro. Parece que há uma chance de que o raio caia de novo no mesmo lugar - todos se lembram de que o mesmo Portland conseguiu deixar passar um tal de Michael Jordan no draft de 1984, pegando Sam Bowie em seu lugar. Todos sabem onde Jordan chegou. Quase ninguém se lembra de Sam Bowie. Merece destaque também a campanha do Miami Heat, que mostrou que Dwyane Wade não traz mais nenhuma sequela das contusões antigas e voltou a ser o mesmo jogador de 2006, quando foi campeão e MVP das finais. Foi o cestinha da temporada (média de 30,2 PPG) e levou o time, cheia de novatos, incluindo o técnico à impressionante quinta posição do Leste.

Em contrapartida, ladeira abaixo foram alguns times que estão ficando velhos. Já falei dos Pistons, mas não posso deixar de falar do Phoenix Suns, que ficou fora dos playoffs. A campanha dos Suns me confirmou algumas coisas, especialmente o fato de que Steve Nash só consegue jogar no esquema run-and-gun do Mike D'Antony (agora técnico dos Knicks), o que me faz discordar ainda mais dos seus dois troféus de MVP. O mesmo vale para todo o time, aliás, que teve seu estilo de jogo totalmente alterado pelo técnico Terry Porter, para um sistema que também valoriza a defesa. Resultado: desastroso e demissão do técnico. Solução? Trocar o técnico e voltar ao esquema antigo. Resultado: explosão ofensiva, com jogos de 130 a 140 pontos, mas tomando tantos ou mais pontos dos adversários. A perda de Amare Stoudemire durante a temporada também atrapalhou, obviamente. Adeus playoffs e até o ano que vem.

As duas grandes decepções da temporada, na minha opinião, foram o New Orleans Hornets e o Utah Jazz, que acabaram coma sétima e oitava vagas do Oeste, respectivamente. Os Hornets não conseguiram aproveitar a boa base do ano passado, incrementada com a aquisição de James Posey, mesmo com mais uma temporada espetacular do Chris Paul. Provavelmente a péssima temporada do Tyson Chandler pode ser a explicação. Já os Jazz, que começaram o ano sem Deron Williams e perderam Carlos Boozer por cerca de 2 meses, não conseguiram nenhuma regularidade.

E quanto aos favoritos, os Lakers mostraram que estão focados na conquista do título, terminando com a melhor campanha do Oeste com folgas (65 vitórias), os Celtics tiveram um começo arrasador (27-2), mas caíram de rendimento, especialmente com os problemas físicos do Kevin Garnett e mesmo assim terminaram com impressionantes 62 vitórias. E o Cleveland Cavaliers, graças à temporada histórica de Lebron James, terminaram a temporada com a melhor campanha da liga (66 vitórias). O quarto favorito, os Spurs, sofreram a temporada inteira com contusões, especialmente do Manu Ginobili, que estará fora dos playoffs e ainda conseguiram a terceira campanha do Oeste.

Para finalizar, parece que essa foi a temporada que marca o início da "passagem de bastão" entre gerações. A geração de Kevin Ganett, Tim Duncan, Allen Iverson, Jason Kidd, Dirk Nowitzki e Kobe Bryant (junto com Shaq os melhores jogadores dos últimos 10 anos) está definitivamente mostrando sinais de início de queda de rendimento (muitos ultrapassaram a barreira dos 1000 na carreira), dando lugar para uma nova geração que dominará os próximos 10 anos: Lebron James, Dwyane Wade, Chris Paul, Dwight Howard, Brandon Roy e Kevin Durant. No próximo post, darei meus pitacos sobre as premiações da temporada regular e o ALL NBA TEAM.
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

ROGÉRIO CENI

No último dia 06 de abril ocorreu o lançamento do livro "Maioridade Penal - 18 anos de histórias inéditas da marca da cal", escrito pelo jornalista André Plihal, da ESPN Brasil, em conjunto com Rogério Ceni. Trata-se de um livro que traz diversas histórias dos 18 anos de carreira do capitão tricolor. Estive presente na Livraria Saraiva do Shopping Morumbi para comprar o livro em primeira mão e tentar um autógrafo do ídolo. Mas só tentar. A livraria estava completamente tomada por torcedores e fãs e a fila dava voltas e fazia diversos zigue-zagues. Fiquei cerca de meia hora na fila, que mal andava, e desisti, pois tinha sido um longo dia de trabalho e o cansaço falou mais alto. Mas foi um programa bem divertido, tanto para ver algumas figuras bem conhecidas que passaram por lá para prestigiar o evento (os jogadores Bosco, Zé Luis e Jorge Wagner do São Paulo, os ex-jogadores Mauro Silva, Neto e Caio, os jornalistas Mauro Naves e Luis Roberto da Globo, Marcelo Negrão, Fernando Meligeni, toda a diretoria do São Paulo, etc), quanto pelos comentários dos torcedores na fila. O grande número de pessoas indica, sobretudo, o nível de importância do maior ídolo do futebol que atua no Brasil. Ele é uma exceção nesse mercado que acima de tudo exporta jogadores, cada vez mais jovens, para a Europa. Nem adianta falar que a posição de goleiro dificulta a transferência, pois temos dezenas de goleiros brasileiros brilhando no exterior, sendo Júlio Cesar o maior exemplo.

As torcidas adversárias não gostam do Rogério Ceni. Muitos dizem que é por causa de sua suposta arrogância e por ser "mascarado". Concordo que ele tem um defeito grave de dificilmente admitir quando falha (apesar de que no livro relata várias delas), mas não passa disso. Talvez o fato de ser um atleta de alto nível intelectual, extremamente bem articulado e com posições firmes passe essa imagem. Quer saber? Problema dos outros. Para os sãopaulinos, ele já se figura entre um dos maiores (se não o maior) ídolos da história do clube. Sua trajetória ao longo dos últimos 12 anos como titular da camisa 1 é de causar inveja

Sem perder tempo falando do óbvio, que são os gols que o tornaram ainda mais diferenciado, lembro apenas da maior temporada de sua carreira, que foi o ano de 2005. Naquele ano, conquistou o Campeonato Paulista, a Libertadores e o Mundial de Clubes. Foi decisivo nos gols marcados e defendendo o gol tricolor - Steven Gerrard deve ter pesadelos com ele até hoje. Foi uma das maiores temporadas de um atleta de qualquer esporte que eu consigo me recordar. Me lembrou o Steve Young de 1994 e o Shaq de 2000, por exemplo. Tenho certeza absoluta que, se ele fizesse o que fez jogando por um grande clube europeu, teria sido NO MÍNIMO bola de prata na eleição da FIFA (não podemos desconsiderar a temporada de 2005 do Ronaldinho Gaúcho). Em qualquer outro país do mundo tenho certeza de que ele teria tido uma carreira longa na seleção nacional.

Sobre o livro, que li durante o feriado da Páscoa, a leitura é fácil, pois são histórias curtas, contadas como se estivéssemos numa mesa de bar. Narradas em primeira pessoa, alguns fatos interessantes, como sua relação com a seleção brasileira, a passagem de Ricardinho pelo São Paulo, tudo o que aconteceu nas vésperas da decisão do mundial contra o Liverpool, da qual ele quase ficou de fora, o segredo de como ele conseguiu defender aquela cobrança de falta do Gerrard, entre outras coisas. Mesmo não sendo o estilo de escrita que mais gosto - prefiro textos mais elaborados (ver Simmons, Bill) - é leitura obrigatória para qualquer sãopaulino. Só faltou revelar como foi a tal preleção do Paulo Autuori antes do jogo contra o Liverpool, que já foi descrita como fator importantíssimo no desempenho do time.

Infelizmente, a semana que se seguiu ao lançamento do livro é para ser esquecida: falhas gritantes nos jogos contra o Defensor Sporting, pela Libertadores (pelo menos o Borges virou o placar) e contra o Corinthians (duas falhas que não resultaram em gols) e, para completar, a fratura no tornozelo que o deixará de fora entre 4 e 6 meses. O time perde o capitão, o líder, a opção de saída de bola e a reposição. Acreditem ou não, a composição tática do time muda bastante. Resta torcer para que o Bosco, o qual considero um ótimo goleiro, proteja bem a meta tricolor e que o time cumpra a promessa de buscar os títulos para o Capitão. Não vai ser fácil. Mas nunca foi.

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

ROCK N' ROLL ALL NIGHT AND PARTY EVERYDAY!

Estou gostando cada vez mais dessa história de show de rock nos quais as bandas tocam apenas clássicos. No mês passado, foi o Iron Maiden, agora o Kiss. Estive na noite dessa terça-feira, dia 07, no show da turnê Alive!, que comemora os 35 anos da banda.

O show foi tudo o que se espera do Kiss: a tradicional maquiagem, pirotecnia pesada durante toda a apresentação, Paul Stanley falando as mesmas coisas para o público no começo de cada música, Gene Simmons cuspindo “sangue” na introdução de “I Love It Loud”, Paul Stanley voando sobre o público para cantar “Love Gun”, a bateria de Eric Singer subindo e descendo, e por aí vai...

O set list foi composto somente de clássicos (afinal, já faz 11 anos que a banda não lança nenhum trabalho de inéditas): a primeira parte consistiu do primeiro álbum ao vivo da banda , Alive! , de 1975, tocado quase que na íntegra, fechando com o hino da banda, “Rock N’ Roll All Nite”. Na segunda parte, tocaram os demais hits: “Shout It Out Loud”, “Lick It Up”, “I Love It Loud”, “I Was Made For Loving You Baby”, “Love Gun” e “Detroit Rock City”.

Os fãs saíram plenamente satisfeitos. Particularmente, gostei mais do show do Iron Maiden (deixando de lado os problemas de acesso e saída de Interlagos), não só pelo fato de considerar a banda melhor como um todo, mas também por achar que o set list foi melhor elaborado. De qualquer forma, como já escrevi antes, não me canso de assistir a essas bandas, pois entendo que as mesmas estão em extinção e em alguns anos as oportunidades de assistirmos a shows desse porte serão cada vez menos freqüentes, com algumas exceções. Uma dessas exceções será a minha próxima parada em termos de shows de rock: os ingleses do Oasis, que se apresentarão em São Paulo no dia 09 de maio.